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"Só numa sociedade de cidadania de baixa intensidade isso pode ser chamado de jornalismo."
Do ponto de vista jornalístico, a matéria sobre os supostos casos de assédio do professor Alysson Mascaro no Intercept é vazia. Uma história dessas deveria render algo melhor. O site deveria investigar o que apurou. É o estilo MeToo de fofoca mortal.
Diz um trecho: “A não reação ou ausência de um não expresso não são sinônimos de consentimento em casos de violência sexual”, explicou ao Intercept a advogada Marina Ganzarolli, presidente da MeToo Brasil, organização brasileira fundada em 2019 que atua na defesa dos direitos das vítimas de violência sexual. Quero as provas policiais, porque além de relatos não há nenhuma prova aqui. Tudo é anonimizado. Jornalismo não se faz assim.
Interessante o foco do MeToo em professores marxistas. Outro problema é que todos dizem saber e não terem feito nada. Quem estava na ordem hierárquica acima de Mascaro negligenciou ao não tomar nenhuma providência. Trata-se de instrução pública. Então aqui existiria um abuso de poder estrutural, em que a instituição consente.
Mas o “jornalismo” MeToo está focado na obsessão pelo indivíduo e pelo corporal. Em todo caso, essa matéria não prova nada. Só numa sociedade de cidadania de baixa intensidade isso pode ser chamado de jornalismo. Acho que deveríamos exigir um padrão diferente. Por exemplo, que eles falassem que o Intercept teve acesso aos boletins de ocorrência da vara tal de tal delegacia.
Eles não fazem referência a nenhuma prova. Nada. E dizem proteger as fontes. A proteção das fontes não implica na anonimização das provas. Tudo errado. Estamos criando um jornalismo da pós-verdade, em que “não temos provas, mas temos convicções”. É a escola Lava Jato. Que perigo.
Existe também um erro interpretativo grave do que significa “acreditar na vítima”. Acreditar na vítima não significa assumir o relato dela como verdade, mas apenas como possível, e investigá-lo. Significa investigar a plausibilidade, credibilidade e fatos. Não existe verdade sem fatos. Isso é opinião. Acreditar na vítima é investigar, não é ir ao Fantástico falar da sua vitimização e colher simpatia.
Há uma razão para o jornalista poder sustentar a matéria no boletim de ocorrência. Quem faz BO implica uma investigação e falso testemunho se houver má-fé. Não é um mero relato a alguém. (Fonte: DCM - Aqui).
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BOFF DEFENDE MASCARO E DENUNCIA PERSEGUIÇÃO
"O filósofo Leonardo Boff foi às redes sociais nesta quarta-feira (12) para criticar a perseguição ao jurista Alysson Mascaro, acusado de assédio sexual sem a apresentação de provas concretas. O caso tem sido alvo de uma ofensiva conduzida pelo governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo.
“Tenho dificuldade de entender, embora tenha estudado durante anos direito canônico: como alguém como Alysson Mascaro pode ser suspenso de suas funções de professor à base de acusações anônimas, logo avalizadas pelo Governador de SP. Suspeito porque é marxista e crítico do sistema”, escreveu Boff na plataforma X, antigo Twitter.
As denúncias anônimas, divulgadas pelo site The Intercept Brasil, motivaram o Centro Acadêmico XI de Agosto a solicitar à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo o afastamento preventivo de Mascaro de suas funções por 180 dias. - (DCM - Aqui).
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O Centro Acadêmico XI de Agosto?!! Sem provas, partiu desde logo para a radicalização. E a presunção de inocência, virou objeto de decoração em museu de antiguidades, nobres 'cultores do Direito'?
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