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Elton Venturi foi designado por Gonet para recorrer e fazer valer a demissão do ex-Lava Jato; mas Venturi decidiu desvirtuar a ordem do PGR
Por Cintia Alves (Do Jornal GGN)
O procurador-geral da República Paulo Gonet teve uma diretriz afrontada por um membro da Procuradoria-Geral da República que foi designado para recorrer da decisão de segunda instância que mantém o cargo de procurador de Diogo Castor de Mattos, o ex-Lava Jato condenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) à demissão por ter contratado um outdoor para promover a famigerada República de Curitiba.
O procurador-geral da República Paulo Gonet teve uma diretriz afrontada por um membro da Procuradoria-Geral da República que foi designado para recorrer da decisão de segunda instância que mantém o cargo de procurador de Diogo Castor de Mattos, o ex-Lava Jato condenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) à demissão por ter contratado um outdoor para promover a famigerada República de Curitiba.
Membro do MPF há quase 30 anos, com passagem pelo MP do Paraná, Elton Venturi foi nomeado em portaria assinada em 12 de novembro de 2024 para representar a PGR na busca pela demissão de Castor de Mattos. Mas Venturi decidiu, nesta quinta-feira (12), apresentar embargos ao acórdão do TRF-4, abrindo mão do recurso em desfavor do lavajatista. Com isso, em tese, o caso de Castor deveria ser encerrado e o procurador de Curitiba, poupado em definitivo de demissão. Mas a história não acaba aqui.
O coletivo Advogadas e Advogados Pela Democracia, parte ativa neste imbróglio jurídico, decidiu reagir e protocolou nesta sexta (13) uma arguição de suspeição contra o procurador Elton Venturi. A petição sustenta que Venturi é apoiador declarado da Lava Jato e tentou declinar da designação de Gonet para atuar no caso de Castor de Mattos, sugerindo ao PGR “nomear outro procurador ou fazer o recurso ele mesmo”. A postura de Venturi sugere que ele não tinha intenção de contestar a manutenção do cargo de Castor.
O GGN obteve acesso e publica com exclusividade um trecho de uma gravação que mostra um servidor do gabinete de Venturi informando que o procurador já teria “despachado” o processo e avisado a Gonet que “não ia recorrer”. (...).
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O caso vem se arrastando há tempos. O coletivo poderia, antes de qualquer medida, haver tentado audiência com Gonet, para discutir o assunto. A repórter escriba também poderia ter adotado a providência.
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