segunda-feira, 19 de julho de 2021

GRUPO ISRAELENSE PEGASUS: A ARTE DE SE APROPRIAR DE INFORMAÇÕES DE TERCEIROS

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Thomas Hobbes criou a máxima "Informação é Poder". Grupos privados e grandes potências sabem o que isso significa, e não poupam empenho no sentido de alcançarem seus objetivos. Consta, p. ex., que no curso do governo Dilma Rousseff a Metrópole não teve dificuldade em se apossar de informações sobre o Pré-Sal, repassando-as gentilmente para as corporações compatriotas atuantes no setor e arredores. Presentemente, Biden e UE tentam expor China e Rússia como useiras e vezeiras da prática. Mas o óbvio determina que EUA e aliados não deixam por menos.
Hilário o argumento apresentado pela empresa israelense NSO, 'mãe' do Pegasus, que invocou critérios de controle semelhantes aos dos "países democráticos" (risos).


Grandes nomes da mídia estão unidos em uma investigação para entender detalhadamente sobre 
a disseminação de malware, criado por empresa israelense, que afetou celulares de mais de 1.000 pessoas em mais de 50 países, incluindo chefes de Estado e primeiros-ministros.

Uma investigação aprofundada realizada por 17 grandes organizações de notícias internacionais afirma que a firma cibernética israelense NSO Group vendeu malware de celular usado para atingir jornalistas, ativistas e políticos em dezenas de países, segundo o The Times of Israel. 

A investigação global foi intitulada Projeto Pegasus, em referência ao software criado pelo grupo israelense chamado Pegasus, uma ferramenta de spyware vendida pela NSO e que, segundo a empresa, está sendo usada por dezenas de clientes governamentais.

O projeto conduziu análises forenses em 37 celulares a partir dos números incluídos na lista, descobrindo que eles foram infectados pelo spyware, com uma correlação entre os carimbos de data/ hora que apareceram na lista e a hora em que os telefones foram atingidos pelo malware. 

Mídias como The Washington Post, Le Monde, Die Zeit, The Guardian, Haaretz, PBS Frontline entre outras participam da investigação, a qual apontou que mais de 1.000 pessoas em mais de 50 países tiveram seu celular rastreado, incluindo chefes de Estado e primeiros-ministros, membros da família real árabe, executivos de negócios, ativistas de direitos humanos, jornalistas, políticos e funcionários do governo.

O malware funciona induzindo os usuários a clicarem em um link, em seguida, ele se instala e dá ao hacker acesso completo a todo o conteúdo do telefone, bem como a capacidade de usar suas câmeras e microfone sem ser detectado.

O The Guardian afirmou que o Ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, “regula de perto a NSO” e aprova cada licença de exportação individual antes que o software de vigilância seja vendido a um novo país.

Em sua resposta, a NSO declarou que “em relação às licenças de exportação, a NSO está sujeita a (vários ...) regimes de controle, incluindo os do Ministério da Defesa israelense, semelhantes aos regulamentos existentes em outros países democráticos”.

A empresa se recusou a revelar quais países compraram o software e negou a maioria das reivindicações feitas nos relatórios do Projeto Pegasus. A NSO “nega firmemente as falsas alegações feitas neste relatório, muitas delas teorias não corroboradas que levantam sérias dúvidas sobre a confiabilidade de suas fontes, bem como a base de sua história”, disse a organização citada pela mídia.

Segundo a mídia, o WhatsApp está processando o NSO Group em um tribunal dos Estados Unidos, acusando-o de usar o serviço de mensagens de propriedade do Facebook para realizar ciberespionagem contra jornalistas, ativistas de direitos humanos e outros.

Fundado em 2010 pelos israelenses Shalev Hulio e Omri Lavie, o NSO Group tem sede em Herzliya, próximo a Tel Aviv.  -  (Fonte: DCM - Aqui).

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