segunda-feira, 10 de junho de 2019

É A LAMA, É A LAMA

Genildo.
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Enquanto o STF marca para a manhã de amanhã, 11, sessões extraordinárias da primeira e segunda turmas da Corte em que um dos maiores escândalos de todos os tempos poderá ser discutido no que tange ao ex-presidente Lula, segue o sr. Moro correndo léguas para escapar de coletivas com a imprensa e a sustentar que não viu "nada de mais" nas revelações ontem divulgadas, e o ex-presidente FHC se apressa em dizer que estão tentando fazer "tempestade em copo d'água", talvez, quem sabe, preparando o espírito da galera para o que poderá vir por aí (Aqui). A propósito, no bojo das centenas e centenas de petardos que The Intercept irá soltando aos poucos para o público haveria espaço reservado para a atuação de ex-presidentes da República nas tramas do escândalo dos escândalos. No mais, informemo-nos.



Greenwald avisa: temos mais provas contra Moro

No Brasil 247/Uol

O jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, afirmou nesta segunda-feira, 10, que há muito mais material a ser divulgado sobre a atuação ilegal do juiz Sérgio Moro e de integrantes da força tarefa da Operação Lava Jato.


"Moro era um chefe da força-tarefa, que criou estratégias para botar Lula e outras pessoas na prisão, se comportando quase como um procurador, não como juiz", disse Greenwald ao UOL
Greenwald diz que o volume de material obtido por ele neste caso supera o da principal reportagem de sua carreira, que comprovou, em parceria com o ex-agente da CIA e da NSA Edward Snowden, no ano de 2013, o monitoramento indevido de informações privadas em massa pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
O jornalista é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) e se vê às voltas com uma nova onda de ataques homofóbicos e acusações nas redes sociais sobre um suposto partidarismo na publicação das reportagens.
"Dizem que eu e meu marido somos de esquerda, mas nem Moro, nem a Lava Jato, dizem que os argumentos [das reportagens] são falsos", resume. Em relação ao fato de as reportagens terem sido veiculadas sem que os citados fossem ouvidos previamente, o jornalista defende a legitimidade das matérias, que na avaliação dele poderiam ter sua publicação barradas na Justiça.
Greenwald falou também sobre o convite feito por Jair Bolsonaro a Moro para ele assumir um ministério em seu governo. "Sobre essa questão do Moro e Bolsonaro, é muito interessante. Temos conversas que ainda não reportamos sobre o Moro estar pensando na possibilidade de aceitar uma oferta do Bolsonaro, caso ele ganhasse. Isso foi antes da eleição, acho que depois do primeiro turno", afirmou.
Glenn Greenwald, que também é advogado nos Estados Unidos, avalia que, após as revelações, as sentenças de Moro devem ser reavaliadas. "E quando o juiz viola as regras éticas, obviamente cria dúvida se vamos aceitar o julgamento do juiz. Não só no caso do Lula, mas em todos os casos em que ele fez isso. Acho que essa dúvida agora existe e os advogados do Lula vão entrar com processo para falar que é preciso anular o julgamento de Lula por causa dessa evidência nova", afirma. 

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