domingo, 23 de junho de 2019

INTERCEPT DARK BRASIL

Jefferson.
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.Bom dia 247 (23.06.19) - Folha complica 
ainda mais Moro e Dallagnol ...................... Aqui.
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Diante das novas revelações do Intercept, divulgadas na edição de hoje da Folha ("Lava Jato articulou apoio a Moro diante de tensão com STF, mostram mensagens" - Aqui), cumpre destacar:

(a) fica uma vez mais evidenciado o grau de promiscuidade das relações entre o então juiz do feito (Poder Judiciário) e procuradores (Ministério Público);

(b) a leitura da matéria traz à mente as palavras do ministro Marco Aurélio Mello sobre o fato de que é obrigação do magistrado manter EQUIDISTÂNCIA entre as partes (o que, aliás, rezam a Lei Orgânica da Magistratura e a doutrina). Mas, contrariando o ministro, o que salta aos olhos é o fato de que até mesmo o 'bombeiro' do juiz Moro no Conselho Nacional de Justiça eram Dallagnol e/ou a própria ANPR Associação Nacional dos Procuradores da República!

(c) a propósito do Conselho Nacional de Justiça, o texto da Folha traz a informação de que ali pousaram 55 reclamações contra o ex-juiz Moro ao longo da operação, das quais 34 foram arquivadas, remanescendo 21. Nada mais é dito. Mas este Blog vem há tempos opinando no sentido de que é grande a probabilidade de que o ex-magistrado tenha desistido da carreira em face do temor quanto ao resultado do julgamento de ONZE reclamações aparentemente incontornáveis que muito em breve seriam levadas ao plenário do CNJ (em razão da substituição da ministra-presidente do STF/CNJ Cármen Lúcia pelo ministro Antonio Dias Toffoli, que entendia ser descabida a postergação das providências devidas - que poderiam resultar em penas gravíssimas);

(d) o papel exercido pelo ministro Teori Zavascki como efetivo Guardião da Constituição enquanto relator dos processos da Lava Jato no Supremo. Os fatos mostram que a perda do ministro, em 19 de janeiro de 2017, produziu entraves expressivos;

(e) consta que críticos estariam a minimizar as revelações da Folha. Este Blog se permite discordar - e lembrar que, conforme se anuncia, a matéria hoje divulgada é tão somente a primeira de uma série.

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(Nota: 
Alega-se que o ex-magistrado dialogava de forma equânime com acusação e defesa. Sobre o relacionamento com a acusação, a matéria da Folha oferece eloquente ideia. Clique AQUI para conferir o 'clima' com o outro lado).

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