quarta-feira, 20 de maio de 2015

SOBRE A PARCERIA BRASIL CHINA

               Ferrovia Transcontinental cruzará o país e ligará o Atlântico ao Pacífico

Ferrovia leva o Brasil e a China até o Peru

Por João de Andrade Neto

A presidenta Dilma Rousseff recebeu o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, nesta terça-feira (19), no Palácio do Planalto. Os representantes de Brasil e China se reuniram para debater o aprofundamento da cooperação entre os países. Um dos tópicos mais relevantes do encontro foi o projeto da Ferrovia Transcontinental, que cruzará o território brasileiro e cortará o continente sul-americano, ligando o oceano Atlântico ao Pacífico.

“Convidamos as empresas chinesas a participarem dessa grande obra, que sairá de Campinorte, no Tocantins, lá na Ferrovia Norte-Sul, passará por Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, atingirá o Acre e atravessará os Andes até chegar ao porto no Peru”, declarou a Dilma.

“A infraestrutura será beneficiada por um projeto de grande alcance que vincula o Brasil com a Ásia e a América Latina. Trata-se de um projeto de construção de uma logística bastante desafiadora, a Ferrovia Transoceânica”, completou a presidenta.

Dilma e Li Keqiang abordaram temas importantes para os dois países, como comércio, investimentos, finanças, agricultura, energia e transportes. Ao todo, foram 35 acordos firmados entre os países, com destaque a oferta de treinamento em tecnologia da informação aos bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras, além do financiamento de 14 navios de minério de ferro com capacidade para 400 mil toneladas.

“Nossa parceria avança também no campo da educação, da tecnologia e da inovação”, comentou a presidenta, que ainda ressaltou a importância da venda de aviões da Embraer. “A entrega do primeiro lote de 22 aeronaves, dentre as 60 vendidas pela Embraer, é um importante marco nessa direção”.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. No último ano, as trocas comerciais bilaterais chegaram a US$ 77,9 bilhões. O Brasil teve superávit de US$ 3,3 bilhões. Só em 2015, entre janeiro e abril, o comércio entre os países acumulou US$ 21,7 bilhões.

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Os EUA e a União Europeia são importantes parceiros comerciais do Brasil. Ok, e por que a China vem merecendo tanta ênfase? A resposta é meio longa - mas Dilma Rousseff ofereceu uma boa pista:

"Como diz um provérbio chinês, 'se o vento soprar em uma única direção, a árvore crescerá inclinada'."

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Sugestão de leitura:

Brasil e China selam investimentos de US$ 53 bi - AQUI -, e quebram o monopólio do Canal do Panamá - AQUI.

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