terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é produzido pelo homem ou é um fenômeno natural inexorável? Pessoas como Al Gore estão simplesmente se locupletando mediante a 'venda de alarmismo'? Há pessoas nos altos escalões das Nações Unidas e ONGs que, a pretexto de defender o planeta, estão mesmo é empenhadas em auferir ganhos pessoais e/ou preservar o poder das grandes potências via cerceamento do direito dos países pobres/médios expandirem suas atividades econômicas?

Existe aquecimento global?, é certamente o que estão a indagar presentemente os 'eurásicos', encobertos por toneladas de neve...

A propósito, segue abaixo matéria exposta há alguns dias no blog ConteúdoLivre:

Para biólogo, aquecimento global é 'lobotomia'


(Aramis Latchinian, 48, é graduado em oceanografia marinha e mestre em ciências ambientais, foi ministro do meio ambiente do Uruguai de 2002 a 2004).

Flávia Marreiro

O aquecimento global é um consenso "muito conveniente" entre diversos governos, ONGs e organismos multilaterais, que suga recursos da cooperação internacional e distorce prioridades na agenda ambiental e acadêmica, especialmente nos países da América Latina.

A opinião contundente é do ex-ministro do Meio Ambiente do Uruguai, Aramis Latchinian. Biólogo marinho e gestor ambiental em uma consultoria, ele é autor de "Globotomía - del Ambientalismo Mediático a la Burocracia Ambiental" (editora Puntocero, ainda sem tradução para o português), livro já lançado na Venezuela, no Uruguai e na Argentina.

Na obra, ele discorda que haja provas de que o componente humano seja relevante no aumento da temperatura do planeta.

'OBEDIENTES'
"Não falo de ceticismo ou negacionismo, falo de ter dúvidas. Se eu classificasse como negacionistas os que duvidam, teria de classificar de obedientes os que apoiam. Há demasiados atores que dependem de que seja nossa culpa [o aquecimento global]. Há uma burocracia gigantesca na ONU, muitas ONGs transnacionais e nacionais que construíram sua estratégia para existir com base na importância do problema".

O centro do argumento de Latchinian, porém, é político. Para ele, o "alarmismo" de ONGs transnacionais que pregam "ambientalismo iluminista de corte autoritário" dilui responsabilidades locais e atropela agendas mais importantes: a gestão ambiental nas megalópoles do continente e questões como saneamento básico, despoluição dos rios e correção de más práticas agrícolas.

"O setor acadêmicos nos nossos países -não sei como é profundamente no Brasil - depende da cooperação internacional para pesquisar. Os fundos  de cooperação estão condicionados aos temas. Se na Venezuela querem pesquisar o problema do lixo no rio Guaire, o que fazem é dizer: 'efeito do aquecimento global sobre o rio Guaire'. Eu já vi projetos até de psicólogos citando aquecimento global", ironiza ele.

O termo "globotomia" refere-se à operação para transformar um determinado tema na grande preocupação ambiental do momento.

Ele elenca: nos anos 1980 e 1990, foi o buraco na camada de ozônio. Agora, vivemos a era do aquecimento - que, com a crise mundial, foi perdendo força na agenda. O próximo ponto, aposta, será a defesa da biodiversidade.

O livro argumenta que globalizar os problemas ambientais é um erro. O lema "pense localmente, aja globalmente" foi invertido, afirma, e hoje as ONGs de atuação local seguem diretrizes das grandes ONGs mundiais, em busca de financiamento.

'TODOS RESPONSÁVEIS'
"Os responsáveis somos todos: é a evangelização que faz Al Gore no seu filme. Mas não é um problema de todos. Quer dizer, ninguém apagou uma luz em Las Vegas. Não foi reduzida a orgia de gasto de energia nos EUA. Se vemos os focos de emissão de gases do efeito estufa, vemos cidades pontuais, e nenhuma cidade latino-americana, nem sequer a Cidade do México, aparece. Seguir essa agenda é perder soberania."

A diatribe do ex-ministro contra a etiqueta do bom ambientalista moderno chega à prática de usar sacolas reutilizáveis nos supermercados. O uruguaio diz que é uma comportamento regressivo, "de voltar ao passado da bolsa da vovó", que não é reproduzível em larga escala.

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