segunda-feira, 17 de junho de 2013

BRASIL AVANÇA NO COMBATE À FOME


FAO premia Brasil por reduzir a fome antes da data estabelecida pela ONU

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) premiou neste domingo 38 países, entre eles o Brasil, por terem reduzido a fome pela metade antes de 2015, meta de cumprimento dos objetivos do milênio estabelecidos pela ONU.

"A todos e cada um de vocês, quero dizer-lhes que são a prova viva de que quando as sociedades decidem pôr fim à fome e quando existe um compromisso político dos governos, podemos transformar esta vontade em ações e resultados concretos", disse o diretor da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, ao abrir a sessão.

"A FAO está orgulhosa de trabalhar com todos os Estados-membros, desenvolvidos e em desenvolvimento, para alcançar nossa visão comum de um mundo sem fome e sustentável", acrescentou.

"Somos a primeira geração que pode acabar com a fome, uma praga que a humanidade sofre desde o alvorecer da civilização. Aproveitemos esta oportunidade", disse, ainda, Graziano.

A cerimônia foi realizada na sede mundial da organização, na capital italiana, e contou com a participação de vários presidentes, entre eles Nicolás Maduro (Venezuela), Ricardo Martinelli (Panamá), Porfirio Lobo (Honduras), a vice-presidente da República Dominicana, Margarita Cedeño de Fernández, e o vice-presidente da Nicarágua, Omar Halleslevens Acevedo.

"Ter reduzido pela metade a desnutrição infantil significa que ainda temos outra metade para continuar trabalhando", declarou Martinelli ao falar na assembleia.

O presidente panamenho também propôs a criação de "um fundo especial para comprar os excessos de alimentos que outros países descartam para não fazer cair os preços e dá-los para aqueles países que não têm a capacidade de comprá-los a preços normais".

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que atribuiu os êxitos no combate à fome em seu país ao antecessor e padrinho político Hugo Chávez - sendo muito aplaudido pela assembleia -, contou que, na Venezuela, foram criados planos de assistência aos mais necessitados, dando "status de direito humano ao direito à alimentação", e criado um Ministério da Alimentação.

Segundo Maduro, na Venezuela foi criada a maior rede pública do mundo de distribuição de alimentos, com 22 pontos de distribuição.

A rede consegue atender 61% dos lares, com subsídios que cobrem de 60% a 80% dos alimentos, graças ao que tem sido possível diminuir a subnutrição de 13,8% aos atuais 2,4%, disse o presidente venezuelano.

A FAO entregou diplomas por seu desempenho na redução da fome a outros dez países latino-americanos, além do Brasil: Chile, Cuba, Guiana, Nicarágua, Peru, Venezuela, República Dominicana, Honduras, Panamá e Uruguai. (Fonte: aqui).

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Excelente a proposta formulada pelo presidente Ricardo Martinelli, do Panamá: criação de um fundo especial para comprar os excessos de alimentos que outros países descartam (para não fazer cair os preços) e dá-los para aqueles países que não têm a capacidade de comprá-los a preços normais. (Como se depreende, o Livre Mercado não brinca em serviço).

No mais, de parabéns o Brasil.

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