segunda-feira, 10 de junho de 2013

BRASIL: SONEGAÇÃO À TODA


Sonegação no Brasil alcança a marca de R$ 415 bilhões no ano

Por Lourdes Nassif

O país deixa de arrecadar R$ 415 bilhões por ano em tributos sonegados, o que corresponde a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), aponta estudo realizado pelo Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). O sindicato estabeleceu, neste estudo, indicadores para a evasão fiscal. No endereço eletrônico www.sonegometro.com é possível acompanhar o placar da sonegação fiscal em tempo real, bem como ter acesso a informações sobre justiça fiscal no Brasil.

O estudo demonstra o tamanho da evasão fiscal, e aponta para o fato de que este valor estimado de sonegação tributária é superior a tudo o que foi arrecadado em 2011 de Imposto de Renda, que alcançou R$ 278,3 bilhões (...) e também representa quase metade do que foi tributado sobre Bens e Serviços, que foi R$ 720,1 bilhões.

Para chegar ao índice de sonegação, o estudo do Sinprofaz selecionou 13 tributos que correspondem a 87,4% do total da arrecadação tributária no Brasil (IR, IPI, IOF, INSS, COFINS, CSLL, FGTS, ICMS, ISS, dentre outros).

Como aponta o estudo, a arrecadação brasileira poderia ser 23% maior, caso não houvesse evasão tributária. “Isso significa que, se não houvesse sonegação de impostos, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em até 20% e ainda sim manter o mesmo nível de arrecadação”, destaca o presidente do Sinprofaz, Allan Titonelli Nunes. Para comparação, com o valor sonegado nos primeiros cinco meses do ano, seria possível incluir mais de 16 milhões de pessoas no programa Bolsa-Família do governo federal ou construir mais de 120 quilômetros de estradas asfaltadas.

O Sonegômetro começou sua contagem no dia 1º de janeiro deste ano e até a data de seu lançamento terá atingido os R$ 170 bilhões. Além do lançamento oficial, a Sinprofaz está fazendo circular, em Brasília, um painel móvel com o placar da sonegação fiscal, para atrair a atenção da população para a questão, que é muito importante, e de forma inusitada.

Para o presidente da Sinprofaz, “quando mais pessoas contribuem, temos uma maior disponibilidade de caixa para execução de políticas públicas, ao mesmo tempo é necessário que se cobre mais eficiência do Estado na utilização dessas verbas”.

Para acompanhar a evolução da sonegação, acesse www.sonegometro.com. (Fonte: aqui).

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Como observa Fernando Brito, "Está faltando agora fazer o 'elisômetro', que poderia medir o quanto o país perde com os 'jeitinhos' jurídicos de não pagar imposto."
Clique aqui para ler o artigo de Fernando.

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