sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

LONGE DAQUELE INSENSATO MUNDO


Stephane Peray. (Tailândia).

OLHO NOS VÍDEOS (31.01.20)


Olho nos Vídeos


.Leo ao quadrado:
Dólar a R$ 4,28. E agora? ......................... Aqui.

.Eduardo Guimarães:
STF vai 'matar' Lava Jato .......................... Aqui

.Paulo A Castro:
Uma nação agonizando ............................. Aqui.
A revolução no fornecimento de
água potável aos pobres e negros .............. Aqui.
Fritura de Onyx pode ter como causa
sua lealdade a Moro ................................. Aqui

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ........................................... Aqui.

O PÓS BREXIT


Martin Sutovec. (Eslováquia).

O FUTURO ERA LOGO ALI (UMA ABORDAGEM LIGEIRAMENTE RÁPIDA)

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"A forte pressão dos mercados internacionais, o aprofundamento da condição periférica, a destruição da indústria nacional e a forte onda de privatizações de setores estratégicos do estado relegam o país cada vez mais à condição de mera 'potência primário-exportadora...'".


O futuro era logo ali 

Por Maister F. da Silva

As duas primeiras décadas do Séc. XXI foram marcadas por extremos, a primeira  pela expansão econômica mundial, que estimulou a integração da América do Sul, à época com governos populares e desenvolvimentistas, todavia, sem rupturas revolucionárias. A segunda, marcada por forte interferência externa, golpes violentos e o retorno das forças militares ao cenário político, sobretudo no Brasil, país mais influente da região. Há vários fatores que podem ser apontados como determinantes em ter nos levado a vivenciar essa virada drástica em um cenário que parecia estabilizado; vou me ater aqui a dois que considero os principais: a crise econômica de 2008 e a expansão da presença militar americana, com comentários ligeiramente rápidos.
Em primeiro lugar, passados doze anos da eclosão da crise seus efeitos continuam sendo desastrosos aos países que não foram agraciados com o convite ao “desenvolvimento consentido”. A forte pressão dos mercados internacionais, o aprofundamento da condição periférica, a destruição da indústria nacional e a forte onda de privatizações de setores estratégicos do estado relegam o país cada vez mais à condição de mera “potência” primário-exportadora, ou seja, não lhe é permitido ser dono de seu próprio destino, tampouco controlar sua política macroeconômica, um anão no cenário econômico mundial, mesmo sendo detentor de uma das maiores reservas de petróleo do mundo. 
Em segundo lugar, do ponto de vista político e militar, o aumento da presença militar americana na América do Sul serve para alertar que a América está “protegida”, mesmo a contragosto do povo. As elites brasileiras – civis e militares - preguiçosas em imbuir-se da grandeza de construir um projeto sul-americanista capaz de aprofundar as transformações sociais, combater as desigualdades nacionais e potencializar a construção de uma política regional mais alinhada aos interesses do continente, abdicaram de construir um sistema autônomo de segurança regional e optaram por viver sob a “proteção” tutelada norte-americana, no plano militar, político e econômico. 
O Brasil, que está à mercê de interesses econômicos e geopolíticos alheios, hoje não luta por integração, nem por hegemonia no continente sul americano. Venceram as forças internas contrárias, que em nome do “cosmopolitismo de mercado”, que oferece lucro imediato, abandonaram o futuro generoso de projeção de poder e liderança internacional brasileiro. A partir da narrativa mentirosa do combate a corrupção, conseguiram incutir no povo brasileiro que o sistema político, a sociedade e a intelectualidade brasileira ainda não estavam preparados para tal empreitada.  -  (Fonte: Jornal GGN - Aqui).

SERIOUS CARTOON

Thiago.
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.Bom dia 247 (31.01.20) - Attuch / Auler / Jonas:
Dólar dispara e BG queima reservas ................................ Aqui.
.Giro das onze - Onyx e Weintraub de saída (?) ............ Aqui.

INGLESES E OUTROS SÃO RETIRADOS DE WUHAN PELOS GOVERNOS RESPECTIVOS. BRASILEIROS, NÃO

Gilmar.
....
("É, mas a questão é, sim, 
extremamente complexa").
................
ADENDO

.Peter Liu - Coronavírus, o que é? ...................................... Aqui.
.Peter Liu - Coronavírus - Atualização .............................. Aqui.
.Peter Liu - Coronavírus, conspiração? ............................. Aqui.

CHICO BUARQUE E A DEMOCRACIA EM VERTIGEM

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Vale o registro:


Chico: eles brincaram com a democracia 

O cantor e compositor Chico Buarque elogiou nesta quinta-feira 30/I o documentário "Democracia em Vertigem", da cineasta Petra Costa, indicado ao Oscar 2020 na categoria "melhor documentário".
“A diretora Petra Costa soube captar, no calor da hora, com sensibilidade e senso de oportunidade, os bastidores da cena política, principalmente a partir de 2014, quando os derrotados não aceitaram o resultado das urnas e passaram a tramar, com apoio de grande parte da classe política, com apoio da grande mídia e com a complacência da Justiça, começaram a tramar contra o governo de Dilma Rousseff. Não souberam esperar mais quatro anos, quando talvez pudessem implantar um governo liberal ou um governo conservador”, disse Chico em vídeo publicado nas redes sociais.
“O que a gente vê ali dá a impressão de que eles estavam brincando  com a democracia. E o resultado está aí: temos hoje um país governado por loucos”, completou.
Para conferir o vídeo, cliqe Aqui.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

OLHO NOS VÍDEOS (30.01.20)


Olho nos Vídeos


.Leo ao quadrado:
Bolsonaro faz graça e o dólar dispara ............. Aqui.

.Caixa-preta:
A jogada de Bolsonaro ................................. Aqui.

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ............................................... Aqui.

.Boa noite 247:
Chico Buarque denuncia 'Brasil 
governado por loucos' ................................... Aqui.

.Paulo A Castro:
Witzel ataca milícias bolsonaristas .................. Aqui.
Ameaças e mentiras de 
Bolsonaro e seus apoiadores .......................... Aqui.

"MAIS UMA DECLARAÇÃO DE GUERRA AOS PALESTINOS"

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"É o acordo do chicote com
as costas. Você fará o papel
de costas, Palestina!"

Latuff.
....

Rashid Khalidi fala sobre o plano de “paz” de Trump no Oriente Médio

“Sugiro que todos deem uma olhada rápida nesse plano, porque o que está claro é que ele é algo a que você pode se referir em termos de bantustões, pode falar sobre ele em termos de qualquer outro tipo de imposição humilhante aos direitos da população indígena por um regime colonial de ocupação, que é o que estamos vendo aqui.”
Rashid Khalidi é professor de estudos árabes modernos na Columbia University, autor de vários livros. Seu último trabalho acabou de sair. Chama-se Guerra dos Cem Anos na Palestina.
Democracy Now: Assista ao vídeo aqui.

SEGUE O COMBATE AO CORONAVÍRUS

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"Desde o surgimento dos primeiros casos de infecção até o momento da publicação deste artigo já são 4633 casos confirmados de infecção, com milhares a mais de suspeitas, e pelo menos 106 fatalidades conhecidas. E estes números ainda avançam rápido, a cada hora. A contagem oficial, ao tempo de leitura deste artigo, pode ser conhecida por este link; apesar de estar em chinês, é bastante autoexplicativo."


As medidas de combate ao coronavírus e a situação dos brasileiros na China 

Por Rodrigo do Val Ferreira

Mesmo com uma população um pouco menor que a do município de São Paulo – 11 milhões –, e sendo um dos principais centros logísticos do país, na exata intercessão entre os eixos norte-sul (que liga Beijing à Guangzhou) e leste-oeste (ligando Shanghai à Chengdu), é bem possível que, para a maioria dos brasileiros, a histórica e arborizada cidade de Wuhan tenha passado despercebida, pelo menos até 2020.
Infelizmente, a fama recente se dá por uma calamidade de saúde pública ocasionada pelo surgimento de uma nova cepa do coronavírus, semelhante à que causou preocupação entre os anos de 2002 e 2003, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).
Tudo indica, pelos estudos do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, que a nova variação do vírus, oficialmente batizada 2019-nCoV (Novo Coronavirus de 2019), tenha surgido a partir da interação humana com animais silvestres, no mercado de frutos-do-mar em Wuhan. A cidade concentra cerca de 35% dos contágios, sendo 60% na província de Hubei ao todo, da qual Wuhan é sua capital.
Desde o surgimento dos primeiros casos de infecção até o momento da publicação deste artigo já são 4633 casos confirmados de infecção, com milhares a mais de suspeitas, e pelo menos 106 fatalidades conhecidas. E estes números ainda avançam rápido, a cada hora. A contagem oficial, ao tempo de leitura deste artigo, pode ser conhecida pelo este link – apesar de estar em chinês, é bastante autoexplicativo.
A comparação entre o número acima e o número ao tempo de leitura dá ao leitor uma noção mais apurada da gravidade da situação. Mas é importante lembrar também, antes de entrar em pânico, que o número de novas confirmações se dá não só pelo número básico de reprodução, ou seja, a velocidade de infecção de novos indivíduos, como também pelo crescente controle, diagnóstico e disponibilidade de novos e mais eficientes kits para testes.
Em todo caso, sabe-se hoje que o vírus já se espalhou por toda a China (com exceção da Região Autônoma do Tibete), além de pelo menos 14 outros países. São eles, por ordem de número de casos, ao tempo da redação: Tailândia (14), Cingapura (5), Estados Unidos (5), Austrália (5), Japão (6), Coreia do Sul (4), Malásia 3), França (3), Vietnã (2), Nepal (1), Canadá (1), Camboja (1), Alemanha (1) e Sri Lanka (1).
Ainda pouco se sabe sobre o quão infeccioso e letal é o 2019-nCoV, à medida que os números ainda estão sendo conhecidos, mas ao que tudo indica ela é uma variação menos fatal que a Sars – cujo índice médio de fatalidade foi de 9,6% –, mas mais infecciosa, uma vez que tem se demonstrado transmissível ainda na fase de incubação do vírus, no período de até duas semanas, antes da aparição de qualquer um dos sintomas. Ou seja, ainda há bastante gente infectada, mas que, sem o saber, sem apresentar sintomas, é capaz de passar o vírus adiante.
O que tem sido feito?
Dada a proliferação assintomática da doença e a sua disseminação por toda a China, o assunto já se tornou de responsabilidade do Governo Central Chinês e hoje é comandado pelo atual primeiro ministro, Li Keqiang, pessoalmente.
Dentre as principais medidas tomadas, foi ordenada a construção de dois hospitais de 1000 e 1300 leitos, respectivamente, no prazo recorde de 7 e 15 dias. Isso tudo, durante o feriado de Ano Novo Chinês. Já imaginou o quanto demoraria na sua cidade para a primeira reunião de deliberação acontecer, durante um feriado de Carnaval?
Além disso, o feriado de Ano Novo Chinês está sendo prorrogado até o dia 3 de fevereiro por todo o país, sendo que cada província tem discricionariedade para estabelecer prazos ainda superiores. Em Shanghai, a maior cidade do país, o feriado irá até o dia 9 de fevereiro para os trabalhadores e 16 de fevereiro para as instituições de ensino.
Além dessas medidas, diversas cidades, sobretudo Wuhan, tiveram suas comunicações por terra e ar suspensas, com o intuito de se reduzir a mobilidade interna, comum no feriado de Ano Novo, quando muitas pessoas viajam para passar o Ano Novo com seus familiares. Ainda, diversos espaços de aglomeração de pessoas, como bares, cinemas, teatros e parques estão fechados por tempo indeterminado, sendo que os serviços básicos para atendimento da população, supermercados, restaurantes, etc., continuam funcionando normalmente.
Devemos nos desesperar?
De maneira alguma. Há pouco mais de 100 anos, quando a Gripe Espanhola se tornou uma pandemia global, dizimando entre 3 e 5% da população mundial, há uma tendência comum ao alarmismo, sendo que muito mais grave que a taxa de fatalidade é o pânico entre as pessoas, para não falar de uma consequência ainda pior, a xenofobia.
Como dito, não só a taxa de fatalidade tem sido baixa, o número de casos e fatalidades na maioria dos novos casos de infecção pelo cononavírus (Sars, Mers e agora o Novo Coronavirus de 2019), não chegam ao número de infecções e fatalidades causadas anualmente pelo vírus influenza, ou seja, a gripe comum.
O mais importante é conhecer os sintomas (febre, tosse seca, dores musculares e, em alguns casos, diarreia e vômito) e evitar aglomerações em locais afetados, ampliando os cuidados com a higiene, lavar as mãos com frequência, adotar o uso de lenços descartáveis e manter uma rotina de dieta e exercícios saudável. Isso, sobretudo, entre a população considerada de risco (idosos, jovens e pessoas com a imunidade comprometida), responsáveis por praticamente todos os casos de fatalidade conhecidos, até o momento. Para a maioria das pessoas, os sintomas não passam de uma simples gripe, moderada.
O que os brasileiros têm a ver com isso tudo?
Conforme informações já prestadas à Embaixada do Brasil em Beijing pela comunidade brasileira em Wuhan, há pelo menos 31 brasileiros isolados na cidade, impossibilitados de deixar a região, e desejosos de retornar ao país, com as devidas precauções de quarentena.
De acordo com notícias recentes, pelo menos 7 países já anunciaram o envio de transporte aéreo para a evacuação de seus cidadãos de Wuhan: Japão, Estados Unidos, França, Sri Lanka, Austrália, Alemanha, Tailândia, Portugal e Suécia.
Enquanto isso, a única medida ofertada pelo Itamaraty, até o momento, foi a de evacuação gradual daquele contingente, por terra, e para outra cidade chinesa, o que obviamente tem sido rejeitado pela comunidade local. É importante dizer, ainda que o índice de fatalidade seja baixo: as medidas restritivas de mobilidade, bem como o risco de se ter que arcar com altas despesas hospitalares e de hotéis em outras cidades, por si têm justificado a remoção aérea entre países mais preocupados com a vida e o bem-estar de seus nacionais.
A justificativa dada pelo Itamaraty até o momento é de que a distância e o custo não justificam a evacuação aérea dos cidadãos brasileiros, o que é um argumento no mínimo controverso, em um país onde os gastos no Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido popularmente como cartão corporativo, excederam R$ 4,5 milhões somente em 2019, sem qualquer transparência à população.
Isso, para não falar das despesas federais com publicidade, em campanhas por reformas antipopulares dentre outros desperdícios.
Enquanto isso, 31 brasileiros aguardam e arriscam as suas vidas e é importante que no Brasil se inicie uma campanha nacional para pressão no governo federal, sobretudo o Itamaraty, até que nossos compatriotas possam retornar às suas casas e às suas famílias. É em momentos como esse, de crise, que conhecemos o valor da vida de cada cidadão brasileiro, a partir de critérios nossos e do governo.  -  (Fonte: Brasil de Fato - Aqui).
(Rodrigo do Val Ferreira é consultor e reside em Xangai, China).

SERIOUS CARTOON

Sponholz.
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.Bom dia 247 (30.01.20) - Leonardo Attuch:
O que vai pelos jornais ....................................................... Aqui.
.TV 247 - 30 minutos com Tereza Cruvinel:
Caos no governo e impasses na oposição .......................... Aqui.

DO AGRO ABSURDO


Nani.

DA SÉRIE INDICADORES DA POLITIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO (OU: IN FUX WE DON'T TRUST)


"A judicialização da política, compreendida como expansão da atuação do Poder Judiciário, não é um acontecimento novo, nem brasileiro. Desde o pós-guerra muitos países ocidentais democráticos passaram a adotar tribunais constitucionais como instrumento de controle dos demais poderes.
No Brasil, o fenômeno se acentuou após a Constituição Federal de 1988. Não é exagero dizer que na primeira década após sua promulgação, grande parte dos direitos postos na Carta já haviam sofrido alguma modalidade de questionamento, tentativa de restrição ou de ampliação no Supremo Tribunal Federal. Trinta e um anos depois é difícil saber qual dispositivo ainda não foi exposto a alguma alteração judicial.
A questão da judicialização sempre encontrou pontos de vista favoráveis e contrários.Por um lado, busca-se justificar a ampliação da atuação dos magistrados, como decorrência do poder de revisão judicial de ações legislativas e executivas, em razão da constitucionalização de direitos, dentro dos mecanismos de checks and balances, e com uso dos mecanismos legítimos de proteção judicial pelas minorias parlamentares, pessoas e entidades da sociedade civil organizada.
Por outro, a transformação de todas as querelas políticas em demandas judiciais tem conferido ao Poder Judiciário um protagonismo excessivo, fazendo com que juízes e tribunais adentrem a esfera da política, forjando uma tutela que cria uma democracia regida por juízes e não por leis.
Contudo, não se mostra difícil separar a proteção a bens jurídicos relevantes, sobretudo direitos fundamentais, potencializando a eficácia normativa dessas garantias, daquilo que, infelizmente, tem sido mais comum na atuação de vários magistrados, quando extrapolam os legítimos limites de seu múnus –  obrigação imposta por lei, em atendimento ao poder público, que beneficia a coletividade e não pode ser recusado, exceto nos casos previstos em lei – e assumem o papel de legislar.
A judicialização da política, compreendida como expansão da atuação do Poder Judiciário, não é um acontecimento novo, nem brasileiro. Desde o pós-guerra muitos países ocidentais democráticos passaram a adotar tribunais constitucionais como instrumento de controle dos demais poderes.
No Brasil, o fenômeno se acentuou após a Constituição Federal de 1988. Não é exagero dizer que na primeira década após sua promulgação, grande parte dos direitos postos na Carta já haviam sofrido alguma modalidade de questionamento, tentativa de restrição ou de ampliação no Supremo Tribunal Federal. Trinta e um anos depois é difícil saber qual dispositivo ainda não foi exposto a alguma alteração judicial.
A questão da judicialização sempre encontrou pontos de vista favoráveis e contrários.Por um lado, busca-se justificar a ampliação da atuação dos magistrados, como decorrência do poder de revisão judicial de ações legislativas e executivas, em razão da constitucionalização de direitos, dentro dos mecanismos de checks and balances, e com uso dos mecanismos legítimos de proteção judicial pelas minorias parlamentares, pessoas e entidades da sociedade civil organizada.
Por outro, a transformação de todas as querelas políticas em demandas judiciais tem conferido ao Poder Judiciário um protagonismo excessivo, fazendo com que juízes e tribunais adentrem a esfera da política, forjando uma tutela que cria uma democracia regida por juízes e não por leis.
Contudo, não se mostra difícil separar a proteção a bens jurídicos relevantes, sobretudo direitos fundamentais, potencializando a eficácia normativa dessas garantias, daquilo que, infelizmente, tem sido mais comum na atuação de vários magistrados, quando extrapolam os legítimos limites de seu múnus –  obrigação imposta por lei, em atendimento ao poder público, que beneficia a coletividade e não pode ser recusado, exceto nos casos previstos em lei – e assumem o papel de legislar.
É fato conhecido que a atuação de Fux sempre foi – desde que o falecido ministro Teori Zavascki era o relator da Lava Jato no Supremo – de decisões, votos e declarações em defesa da força-tarefa e do magistrado da operação, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Não por acaso, o ex-juiz elogiou a decisão de Fux de suspender parte de uma lei que foi sancionada pelo presidente do governo ao qual pertence.
Em 2018, enquanto juiz, Moro e os membros da força-tarefa operaram de todas as formas para impedir o ex-presidente Lula de conceder entrevistas, em flagrante desrespeito ao seu direito constitucional. Em 2019, como ministro da pasta da Justiça, Moro trabalhou contra a inclusão do juiz de garantias na nova lei e pediu o veto a Bolsonaro, que não veio.
Quando escreveu no seu Telegram, a frase “In Fux we trust”, em mensagem no diálogo com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, Sérgio Moro sabia o que dizia. O alinhamento entre o hoje vice-presidente do STF e o modus operandi da operação Lava Jato, e as demandas e posições do próprio Moro é evidente. E indica não cogitar dos limites da Constituição, das normas em geral, da jurisprudência ou do respeito à independência entre os poderes.
A confiança de Moro e Dallagnol em Fux, a sugerir que seria o ministro capaz de adotar procedimentos incoerentes e apartados da legalidade, compactuando com os desvios praticados pela Lava Jato, nos impele, como sociedade, a questionar se podemos também confiar nele, como juiz imparcial e isento para proferir seus julgamentos.
Fux representa o limite ultrapassado por um membro do Tribunal de cúpula de um poder que não possui qualquer regulação, sendo imune a canais de controle democrático. Faz parte da parcela de juízes que construíram uma autoimagem blindada pela opinião pública, construída sob um suposto combate à corrupção. Homens públicos que se sentem e agem como se tudo pudessem, potencializando os conflitos entre as instituições e internamente a elas, e fazendo crescer as contendas e incertezas sobre qual é a aplicação do Direito a ser adotada.
Fux é um juiz movido por interesses estranhos ao ideal democrático de respeito aos direitos e à Carta Constitucional, mas afeito a dar respostas rápidas e simplórias a questões profundas quando lhe convém, sem qualquer preocupação em aclarar os fundamentos jurídicos e estabelecer os parâmetros sobre os quais elas se assentam, mas apenas de explicitar sua vontade pessoal.
Suspender a aplicação de parte de uma lei por uma liminar já foi um absurdo na decisão de Toffoli. Reformar a decisão para tornar a suspensão por tempo indefinido, em plantão judicial, mostra irresponsabilidade com o cargo que ocupa e arrogância desmedida.
Quando o resultado de uma decisão judicial depende menos da aplicação do Direito, de forma ética, e mais da vontade do julgador, movida por interesses, sejam seus, de outras pessoas ou grupos, tem-se a politização do Judiciário em seu grau elevado, que recebe, como consequência, o descrédito na Justiça e a ruína de um dos pilares da democracia."



(De Tânia Maria de Oliveira, post intitulado "In Fux we don't trust", publicado no Brasil de Fato - Aqui.

Tânia é advogada, historiadora e pesquisadora. Membra do Grupo Candango de Criminologia da Unb - GCcrim/Unb. Membra da Coordenação Executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia - ABJD).

O RESGATE DOS NEOLIBERAIS REVISIONISTAS

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"Todas as forças e personalidades antifascistas devem ser recebidas calorosamente por uma frente de esquerda, não importa se foram tucanos no passado, sarneysistas, neoliberais… O objetivo comum é salvar o Brasil da barbárie. Muita gente da direita racional já viu para onde caminha essa aventura ideológica."


Os neoliberais revisionistas devem ser acolhidos pela Frente Antifascista 

Por André Araújo

Um bilioso artigo publicado no blog malha Arminio Fraga porque ele foi um neoliberal e, portanto, deve ser demonizado por isso. Arminio Fraga, junto a outros economistas, como Andre Lara Rezende, Elena Landau e Zeina Latif, estão com análises críticas da política econômica de Estado mínimo de Paulo Guedes, a partir de uma visão da realidade. Achar que, como no passado eram neoliberais, devem continuar a ser combatidos é de uma falta de lógica absoluta e mostra a deficiência estratégica da esquerda em geral, esquecendo do lema o INIMIGO DE MEU INIMIGO É MEU AMIGO.
O inimigo é o FASCISMO em franca aceleração no Brasil, a “guerra aos pobres”, o desmonte de todas as políticas sociais, de meio ambiente, cultura, educação, direitos humanos, saúde, que dizem respeito a 180 milhões de pobres e miseráveis do Brasil, uma política de extermínio porque não preserva condições mínimas de sobrevida.
STALIN, CHURCHILL E ROOSEVELT
Até a véspera da invasão da Rússia por Hitler, 21 de julho de 1941, Churchill era o maior inimigo de Stalin, que era aliado de Hitler. Com a invasão-surpresa alemã, 24 horas depois Churchill ofereceu apoio e aliança a Stalin, o mesmo que antes era seu inimigo. A razão: ESTRATÉGIA. Há um inimigo comum e muito mais perigoso a combater, então esqueçamos nossas divergências até anteontem e vamos unir forças contra ele, que ameaça a nós dois hoje.
Se a esquerda brasileira NÃO PENSAR ESTRATEGICAMENTE, a direita, com ou sem Bolsonaro, vai ficar no poder por mais 20 anos.
Todas as forças e personalidades antifascistas devem ser recebidas calorosamente por uma frente de esquerda, não importa se foram tucanos no passado, sarneysistas, neoliberais… O objetivo comum é salvar o Brasil da barbárie. Muita gente da direita racional já viu para onde caminha essa aventura ideológica.
ARMINIO FRAGA E OS GRAUS DE CIVILIZAÇÃO
Arminio Fraga tem seu DNA no fundo de George Soros, onde começou sua carreira de mercado. Soros é um capitalista com visão social, algo não tão comum e que hoje está em falta. Soros é hoje o grande patrono do Partido Democrata na luta contra a selvageria do escroque e charlatão Trump, que está colocando em risco a Democracia, as instituições, a civilização e o prestígio dos EUA, com a possibilidade real de ser reeleito pisando no Partido Republicano.
Arminio e outros neoliberais demonstram estar na direita civilizada, ostentaram coragem em dissentir publicamente do grupo de “neoliberais selvagens” que engrossa o coro bolsonarista da turma do Guedes, são reforços de uma frente civilizatória que já deveria estar sendo formada para enfrentar o perigo muito maior de destruição do Brasil, onde não vai sobrar nada nem para a direita e nem para a esquerda, porque não haverá mais País. - (Fonte: Jornal GGN - aqui).

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

OLHO NOS VÍDEOS (29.01.20)


Olho nos Vídeos


.Leo ao quadrado:
A nova farsa do triplex .............................. Aqui.

.JFT - Alberto Villas:
Oh... Minas Gerais! ................................... Aqui.

.Paulo A Castro:
Lava Jato de Moro ameaça delator
para atingir filho de Lula ............................ Aqui.
MPF segue fiel à sua obsessão .................... Aqui.

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ............................................ Aqui.

.Boa noite 247:
Haddad nega candidatura e
aponta rumos para 2022 ........................... Aqui.

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.ESPECIAL - TV GGN - LJ B - Cap. 3:
Pré-sal na mira dos EUA ............................ Aqui.

DA SÉRIE ESSES TALENTOSOS CARTUNISTAS

Jota A. (Teresina).
....
.2º Concurso De Desenho Artes De Março/Som 90
"Gostaria de convidá-lo a participar do 2º Concurso de Desenho Artes de março, concurso de caricaturas e Histórias em quadrinhos/tirinhas, que terá como tema GERAÇÃO 90 MUSICAL. Serão distribuídos R$ 7 mil em prêmios. As inscrições serão gratuitas e você pode enviar o seu trabalho até o dia 17 de fevereiro. Confira o regulamento completo no site http://teresinashopping.com.br/concursodedesenho".

APOCALYPTO CARTOON

Duke.
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.Bom dia 247 (29.01.20) - Attuch / Rovai:
o caos de Weintraub e a pressão sobre Haddad ...................... Aqui.

SERIOUS CARTOON


Tiago Recchia.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O IMPEACHMENT, O LIVRO DE BOLTON - E O 'ACORDO DE PAZ'

.
1. "...os republicanos que apoiam Trump no Senado e os advogados do presidente estão em um beco sem saída."
....
Isso, claro, se Trump não contar com um trunfo previamente arquitetado, diria o outro. Mas, e se a oitiva de testemunhas vier a ser admitida pelos julgadores de Trump e na esteira dessa decisão o testemunho de John Bolton vier a acontecer? Como diria a turma d'O Pasquim, pau puro. Trump, preocupado, apela para a velha fórmula desengavetada em situações que tais, o diversionismo: inventou um "plano de paz" envolvendo Israel e Palestina(?!) - só que tentando comprar por US$ 50 bilhões o 'de acordo' palestino, sob protestos destes e do Hamas. Ou seja, "espetáculo" para tentar desviar a atenção da opinião pública - fadado ao fracasso. Que Bolton conte tudo. 


Livro de Bolton reduz opções para defesa de Trump 

Do Jornal GGN 

A abordagem adotada pela equipe de defesa do presidente Donald Trump no julgamento de impeachment no Senado tem sido de indiferença e negação, da mesma forma como o próprio presidente age quando se vê confrontado.
“Uma vez descartadas as interferências indevidas, os palpites, os vazamentos seletivos e os interrogatórios sigilosos de testemunhas escolhidas a dedo, o que sobra são fatos-chave que não mudaram nem vão mudar”, disse o advogado Michael Purpura, da equipe de defesa, no último sábado, como explica o jornalista Philip Bump, do Washington Post, no jornal O Estado de São Paulo.
Dentre os fatos listados, está a argumentação feita pelo conselheiro da Casa Branca, Pat Cipollone, de que a transcrição de conversa entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, não sinaliza a imposição de condições para ajuda militar ou um encontro com o presidente. Porém, segundo Bump, a equipe de Trump entrou em contato com um assessor de Zelensky dizendo que a reunião dependeria de uma das investigações políticas desejadas pelo presidente.
Além disso, o jornal The New York Times divulgou trechos de um livro inédito escrito pelo então conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, onde Trump diz que pretendia reter a ajuda à Ucrânia até que o presidente do país concordasse em fazer as investigações.
Para o jornalista, os republicanos que apoiam Trump no Senado e os advogados do presidente estão em um beco sem saída. “Ou eles ignoram a reportagem do Times, e deixam sobre a mesa evidências obviamente condenatórias, ou abrem as comportas para novos testemunhos e evidências”, pontua o jornalista, que diz que os advogados podem fazer aquilo que o presidente norte-americano sempre faz: usar as notícias ruins para atacar a oposição.  -  (Aqui).

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2"Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA. Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos por quatro anos enquanto corre a negociação do acordo e os EUA abririam uma embaixada para a Palestina na região oriental de Jerusalém."
....
.Seria, na prática, o acordo entre o chicote e as costas, com as costas ganhando de brinde um bronzeador!


Abbas: palestinos jogarão plano de paz dos EUA na lata de lixo da História 
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, criticou o chamado "acordo do século" proposto pelos Estados Unidos nesta terça-feira (28), e disse que o plano nunca se concretizará e que o povo palestino o jogará na "lata de lixo da História".
Mais cedo nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou o plano como uma proposta de solução de dois Estados, alegando que a Palestina dobraria seu território com a proposta. Trump também revelou que os Estados Unidos e Israel formarão um comitê conjunto para monitorar a implementação do acordo.
"Jerusalém não está à venda, o 'acordo do século' não será cumprido e nosso povo a enviará para a lata de lixo da história", disse Abbas sobre a proposta.
Abbas acrescentou que os palestinos não se curvarão e não irão se render.
"Estamos unidos diante de todos os planos de extermínio que nosso povo rejeitará. Dizemos 'não, não, não' ao acordo do século", disse Abbas.
O chefe do departamento político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um telefonema com o presidente Mahmoud Abbas, segundo publicou a agência de notícias WAFA, disse que o plano de paz dos EUA para o Oriente Médio é uma tentativa de se livrar do projeto nacional da Palestina. O Hamas, apontado como grupo terrorista no documento do acordo, rejeita o plano, conforme revelou a agência WAFA.
***
O plano
(...) Após reuniões com o premiê israelense, Benjamin, Netanyahu e o líder da oposição de Israel, Benny Gantz, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou os primeiros detalhes do acordo de paz dos EUA para conflito Israel-Palestina.
Trump anunciou que o plano estipula que Jerusalém será a capital israelense e que os assentamentos de Israel na Cisjordânia seriam reconhecidos pelos EUA. Em troca, Israel congelaria a construção de novos assentamentos nos territórios palestinos por quatro anos enquanto corre a negociação do acordo e os EUA abririam uma embaixada para a Palestina na região oriental de Jerusalém.

(...) As autoridades palestinas se opuseram anteriormente ao plano e protestos em massa são esperados nos territórios palestinos, enquanto Israel prepara medidas de segurança. Uma das principais questões levantadas foi que a Palestina não participou das negociações. (...).  -  (FonteSputnik, via Conversa Afiada - Aqui).

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Enquanto isso..
."A declaração de Trump é agressiva e provocará muita ira", disse à Reuters Sami Abu Zuhri, funcionário do Hamas.
"A declaração de Trump sobre Jerusalém é um absurdo e Jerusalém sempre será uma terra para os palestinos ... Os palestinos enfrentarão esse acordo e Jerusalém continuará sendo uma terra palestina"  -  (Aqui).

OLHO NOS VÍDEOS (28.01.20)


Olho nos Vídeos


.TV 247 - Gerson Salvador (médico
infectologista):
Coronavírus é caso para pânico? .................... Aqui.

.Leo ao quadrado:
Bolsonaro e Weintraub destroem o Enem ........ Aqui.

.Paulo A Castro:
Vaza Jato está mais para o fim ...................... Aqui.
Bolsonaro: "Moro não mordeu a isca" ............. Aqui.

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ............................................... Aqui.

.Luis Nassif:
A falta de transparência da Transparência
Internacional no Brasil .................................. Aqui.

CERTAS GÍRIAS DO PASSADO

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'Podes Crer'


Genildo.

A ESTRATÉGIA MORO

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"(Ser ministro do Supremo) É uma perspectiva que pode ser interessante e natural na minha carreira." 
Falou uma contradição nua e crua - e com certeza foi aplaudido!! Mas, o que tem a ver essa ênfase ao fato de ele ter sido aplaudido? Campanha política, meu caro. Subliminar, mas eficiente. Popularidade é fundamental. De quem se trata? De Sérgio Moro, aquele que quer ser, 'por aclamação popular' (para pressionar o Senado no momento oportuno), guardião perpétuo da Constituição, 'livrim' para o qual ao longo de sua exitosa carreira nunca deu bola.  (Quanto ao fato de o ínclito jurisconsulto ter sido brindado com o NÃO julgamento, pelo CNJ, de 11 reclamações - indefensáveis! - por infrações constitucionais, ele não tem culpa por sempre haver contado com a boa vontade de seus pares atuais e futuros). Mas, se não der, uma 'presidenciazinha' até que consola! Daí, pois, o duplo mérito da popularidade (duplo não, triplo, pois ela também propicia a permanência no ministério!). E vamos que vamos.


Moro volta a atacar o STF por libertar Lula, mas sonha com indicação à Corte

Os olhos do ex-juiz (sic) e atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, voltaram a brilhar na segunda-feira 27/I diante da possibilidade de ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“É uma perspectiva que pode ser interessante e natural na minha carreira. Mas a escolha cabe ao presidente da República. Ele tem a possibilidade de me indicar, pode indicar outras pessoas. […] Tem outros nomes. Acho que o presidente só vai fazer essa escolha no momento apropriado", disse Moro em entrevista ao programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
“Não gosto de discutir vaga enquanto a vaga não existe. É um negócio meio esquisito”, completou.
Ele também voltou a atacar o STF por reafirmar o princípio da presunção de inocência ao rejeitar, no ano passado, a constitucionalidade das prisões após condenação em segunda instância. Moro, claro, não tira o presidente Lula da cabeça:
“O correto era ele ter saído após cumprir toda a pena dele. A revisão da prisão em segunda instância, com todo o respeito ao STF, foi um retrocesso. Mas acho que há perspectivas de a gente conseguir aprovar isso [no Congresso], para voltar a execução em segunda instância. Isso transcende, e muito, a questão do Lula. Se você comete um crime, tem de ser punido nessa vida, não na próxima”, disse o ex-juiz (sic).  -  (Aqui).