sexta-feira, 31 de maio de 2019

OLHO NOS VÍDEOS (31.05.2019)


Olho nos Vídeos


.Nocaute - JFT Fernando Morais:
Sobre STF e evangélicos ......................... AQUI.

.Conversa Afiada com PHA:
Sobre o maior estadista do nosso tempo ... AQUI.

.Paulo A Castro:
Sobre a estratégia adotada pelo MEC ........ AQUI.
Sobre a postura do TSE  .......................... AQUI.

DANÇANDO NA CHUVA ÁCIDA

Gilmar.
....
.Bom Dia 247 (31.05.19) .......... AQUI.

SOBRE A CONJUNTURA ECONÔMICA

.
Elementar: 'Calma, pessoal, as reformas vão trazer o paraíso'. 
(GGN)
O Pibinho de Paulo Guedes 
Por Luis Nassif (No GGN)
O PIB do 1º trimestre é responsabilidade total de Paulo Guedes, o Ministro da Economia. Em pouco tempo, comandando o superministério que lhe foi conferido, Guedes conseguiu jogar fora até os 6 meses de bônus que acompanha todo início de governo.
Os dados divulgados pelo IBGE mostram uma queda de 0,5 ponto no PIB estimado do trimestre. Os setores que subiram têm pouca repercussão no PIB. Os que caíram, têm muita: indústria extrativa, de transformação e de construção.
O quadro é pior quando se compara com os dados do país pré-crise. Em relação ao 1º trimestre de 2014, há uma redução de 5% no PIB, 3,1% no consumo das famílias, 1,3% no consumo do governo e de trágicos 27,8% da Formação Bruta de Capital Fixo.
Entre as maiores quedas, há 31,4% na construção, 13,7% na indústria de transformação, 12,9% na indústria total.
Não há o menor sinal da vida da parte de Paulo Guedes, mesmo se estando a poucos meses de um apagão nas contas públicas – amarradas pela Lei do Teto.
Esta semana, um grupo de empresários esteve com Carlos Costa, o preposto de Guedes para o que era o Ministério de Desenvolvimento, Investimento e Comércio Exterior. Pediram planos, novidades, alguma iniciativa visando estimular a indústria. A resposta foi que Guedes colocou toda a responsabilidade nas costas do Banco Central, e não quer nenhum subordinado interferindo no assunto.
O BC não toma nenhuma medida para destravar o mercado de crédito, para conter os spreads, que estão em alta, para limpar o nome dos milhões de consumidores jogados no limbo por uma crise sistêmica.
A gestão de política econômica, assim como de uma empresa, não pode se restringir à Tesouraria: a fixação exclusiva no déficit público. Guedes se comporta como o cirurgião que leu os livros sobre o corpo humano, mas só sabe utilizar antibióticos. Ante qualquer outra restrição trava e fica esperando a pneumonia – a frustração da reforma da Previdência – para recorrer aos antibióticos.
Há algumas decisões que exigem o enfrentamento dos próprios fantasmas, que seria o caso de gastos públicos em investimento, seja pela venda de parte das reservas ou pela autorização para uma aumento da dívida pública.
Há os bancos públicos podendo estimular a oferta de crédito e a redução dos spreads bancários. Ou então, montar um programa nacional para resolver a questão da inadimplência e das restrições de crédito de pessoas físicas e jurídicas.
Mas Guedes não veio para resolver problemas, e sim para se esconder atrás de bordões ideológicos.
É incapaz de acelerar os programas de concessões, as PPPs, menos ainda  criar frentes de trabalho para contornar um desemprego desesperador.
As decisões de investimento não dependem apenas da maior ou menor rigidez fiscal de um país. Dependem de demanda, da confiança na estabilidade política e social, da crença na vocação de crescimento, nas redes de apoio aos desassistidos sabendo que, sem elas, haverá o crescimento exponencial da criminalidade, em um  país já dirigido por um aliado de organizações criminosas.
Mas não se exija de Guedes nenhum pensamento mais sofisticado sobre ambientes econômicos, políticos e sociais adequados para o desenvolvimento.
Em algum momento, cairá a ficha do próprio Bolsonaro sobre os riscos políticos provocados pela incapacidade abismal de Guedes de tomar qualquer atitude pro ativa.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos


.Nocaute - Caixa Preta:
Educação, o tema do dia ........................... AQUI.

.Paulo A Castro:
Atos pelo país em defesa da Educação - I .... AQUI.
Atos pelo país em defesa da educação - II ... AQUI.
Comentários finais sobre fatos do dia .......... AQUI.

O MINISTRO E A SÍNDROME DE MARIA ANTONIETA


"A entrevista do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), à bancada amiga da Globonews, é a versão almofadinha do simplismo fundamentalista que tomou conta do país. É o chamado terraplanismo sociológico, que abjura qualquer dado da realidade que possa comprometer suas crenças.
Que é um poser, não se discute. Ele trata a sociologia e a história com a mesma profundidade do leigo que recorre ao ritual de rodar o vinho na taça, cheirar e provar, sem ter a menor conhecimento de enologia, apenas para impressionar os vizinhos de mesa. E, convenhamos, a discussão pública atual, em alguns veículos, mais parece um convescote de firma, do que uma análise aprofundada sobre as questões nacionais.
Às vezes imagino que a incapacidade de Barroso de analisar a realidade seja fruto de uma enorme dificuldade de enxergar os pontos centrais no objeto analisado. Acontece com intelectuais vazios, que consomem livros da moda, mas são incapazes de processar seu significado.
Um caso típico, que sempre me surpreendeu, ao longo de minha longa carreira de jornalista, era a superficialidade de Fernando Henrique Cardoso, a enorme dificuldade em identificar os pontos centrais do caso analisado e de ficar fazendo firulas, encerando a bola no meio campo, sem saber o caminho do gol.
Barroso tem um agravante. No STF, tornou-se o principal avalista da selvageria que tomou conta do país, promoveu o desmonte das instituições e levou ao poder o zoológico do bolsonarismo. Então, impôs-se um desafio adicional, de permanentemente justificar o bebê de Rosemary que brotou de suas decisões e declarações. No mercado, quando se adquire um ativo podre, os mais espertos “realizam o prejuízo” – isto é, vendem com algum prejuízo para não ter prejuízo maior. Barroso, não: levará o micro preto até o fim.
Nas sucessivas palestras que faz – para um público aparentemente tão pouco exigente quanto a bancada amiga da Globonews – desenvolveu um álibi que, por falta de imaginação, é recorrente. Cita Gramsci, para explicar que, no Brasil, o velho morreu e o novo ainda não nasceu. Então há um período de escuridão antes do novo porvir, que será radioso, apud Barroso. Afinal, segundo ele, o Brasil é um país fabuloso, no qual a democracia vem se fortalecendo ano após ano, conseguiu universalizar a educação básica, tirar milhões de pessoas da linha da miséria.
E saiu-se com essa. Quando iniciou os estudos universitários, o grande desafio era combater a tortura que se praticava no país. Hoje em dia, o grande desafio é conseguir a modernização da economia e combater a corrupção, porque já conquistamos a democracia. Diz isso no momento em que o maior líder da oposição se tornou um prisioneiro político, com a ajuda inestimável do próprio Barroso.
Estão sendo desmontados todos os fatores, mencionados por Barroso, que permitiram os grandes avanços brasileiros pós-redemocratização. E Barroso não quer observar a realidade, para não se chocar com as asperezas do mundo real. Excesso de sensibilidade ou charlatanismo político? Ou um caso clássico da síndrome de Maria Antonieta?
Naquele momento, na Rocinha, na Mangueira, no Irajá, jovens estão sendo assassinados pela polícia; há um governador egresso do Judiciário, que viaja de helicóptero estimulando a polícia a atirar na cabecinha das pessoas; as milícias ampliam seu poder territorial no Rio de Janeiro; disputas de organizações criminosas provocam a morte de 55 pessoas nos presídios de Manaus; o licenciamento ambiental está sendo destruído, o fundamentalismo religioso avança em todas as áreas, a informalidade no emprego atinge 45% da força de trabalho,  há o risco concreto do país ficar à mercê das organizações criminosas, ou de terraplanistas, que conseguiram emplacar o presidente da República.
Mas, para o intelectual frívolo, tudo se resolve sem precisar recorrer a nenhuma fundamentação científica. Basta citar Gramsci sem a menor preocupação em interpretá-lo à luz da realidade brasileira. Com a mesma sem-cerimônia de um terraplanista defendendo suas convicções. Ou do general Alberto Heleno recorrendo ao método científico de pesquisas mensagens de WhatsApp e vídeos do Youtube para firmar suas convicções.
O obscurantismo brasileiro é um trabalho de décadas. E uma das grandes contribuições foi a miragem desse intelectualismo de salão, superficial como as notas de uma coluna social, que gosta de se apregoar como “homem bom, que só faz o bem” e se encantou um dia com o fato de ser mais um jurista que pretender entender o país, equiparando-se a Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e San Tiago Dantas."


(De Luis Nassif, texto intitulado "Luis Roberto Barroso e a síndrome de Maria Antonieta", publicado no GGN.
Uma curiosa característica do ministro Barroso é se pôr num plano superior à Constituição Federal. Às vezes, passa a impressão de 'ignorar' o contido no artigo 102 da CF: "Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição...". Mas, vai ver, tudo pode não passar de miopia deste velho Blog.
Em Tempo: pesquisa recente, em que que foram ouvidos operadores do Direito, especialmente magistrados, revela que o ministro em referência é o mais admirado por esses julgadores).

SEM DESTINO


Angel Boligan. (México).

ECOS DO INCRÍVEL CASO DO GESTOR DA JUSTIÇA E SEU PACTO

Mariano.
....
Entreouvido nos bastidores do STF
"Simplesmente inacreditável o que fez o presidente!...".
................
. Bom Dia 247 (30.05.19) - Ebulição na Educação ...... AQUI.

ATRÁS DA CORTINA DE FUMAÇA, O NEOLIBERALISMO DE NEGÓCIOS

(Banksy)
Atrás da cortina de fumaça, o neoliberalismo de negócios
Por André Araújo (No GGN)
A política neoliberal da Primeira Ministra Margaret  Thatcher, hoje demonizada na Inglaterra, tinha um sentido funcional, de reorganização do Estado em novas bases, mas jamais foi um biombo para justificar um financismo alucinado que só se justifica como campo para negócios especulativos, que é o que representa o neoliberalismo carioca, que não é funcional porque não tem nenhum interesse na reorganização do Estado. Seu único objetivo é fazer negócios com o patrimônio do Estado e da população. É um tipo muito específico de neoliberalismo, visando o negocismo de curto prazo para ganhar dinheiro no Brasil e depois viver no exterior, nada a ver com a construção de um País em benefício de toda a população, especialmente os mais carentes, que são a esmagadora maioria.
Esse NEOLIBERALISMO DE NEGÓCIOS está por trás da ideia de vender TODAS as estatais, o Palácio do Planalto, os prédios das Embaixadas do Brasil em Roma (Palacio Doria Pamphili, um dos três mais históricos de Roma) e em Washington (Mc Cormick Mansion), considerada a mais bonita embaixada na capital americana.
Venderão, se for possível, a Floresta Amazônica, o Pantanal Matogrossense, o Pão de Açúcar, o centro histórico de Salvador e, através da “capitalização” da Previdência, como potencial projetado de captação de recursos, venderão esse fluxo de caixa futuro a valor presente. É mais um bom negócio que vai valorizar as ações dos bancos após condenar os 180 milhões de pobres do Brasil à mendicância. Mas o quê isso interessa?
Os movimentos e crises políticas serão apenas cortina de fumaça para distrair os políticos tolos que estão deixando passar, sem uma contestação sequer, o poder do presidente da PETROBRAS para SOZINHO vender todos os ativos da PETROBRAS, o que já está  fazendo em alta velocidade, podendo SOZINHO dar o preço e escolher o comprador, sem licitação, leilão ou qualquer outro tipo de controle. Algo que vale 50 bilhões de dólares e onde não se vê, em momento algum, o MINISTÉRIO PÚBLICO, o CONGRESSO, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, os PARTIDOS. É um negócio que vale 100 Lava Jatos e que corre velozmente sob olhos adormecidos das instituições de controle.
Por muito menos se instituíram dezenas de CPIs, abriram-se centenas de Inquéritos, GLOBO e ESTADÃO publicaram incontáveis editoriais, os indignados de sempre fazem furor, os “homens modestos sem mácula” bradam aos céus.
A LOUCURA DA “CAPITALIZAÇÃO” NA PREVIDÊNCIA
O sistema de capitalização da previdência social não funciona NEM EM PAÍSES RICOS porque não é previdência e nem social, é uma poupança individual onde se dá bem quem pode poupar mais, NÃO É UM PROCESSO DE COESÃO SOCIAL onde os mais abonados ajudam a suportar a velhice dos mais pobres, que é o que é o sistema de repartição.
Em países pobres o sistema de capitalização é INVIÁVEL para 90% da população, que não tem renda sobrando para investir, essa população depende visceralmente da repartição que vem de um mecanismo de redistribuição da essência do sistema universal de previdência social, conceito criado no Império Alemão pelo Chanceler Bismarck e repetido mundo afora por um século e meio.
O exemplo chileno, sempre citado pelo Ministro da Economia, é um contraexemplo, funciona pessimamente para os pobres que, hoje aposentados, ganham uma miséria. Para os ricos é excelente, porque podem poupar nesse sistema concentrador da renda já concentrada, o modelo é para eles.
Um ganhador óbvio no sistema de capitalização é o sistema bancário, que seria o gestor desses fundos. É o “neoliberalismo de negócios” em ação.
CAPITALISMO DESTRUTIVO E CAPITALISMO CONSTRUTIVO
Há um capitalismo de construção de País, mesmo com falhas, aquele que o Brasil conheceu entre 1930 e 1980 e que fez o que hoje temos de base econômica, e há um CAPITALISMO DESTRUTIVO, aquele instalado no País após o Plano Real, esse mesmo plano e seus atores economistas que reduziram um sistema bancário de 600 bancos em um de três bancos privados, com ameaça de comprarem também os bancos públicos, como já compraram os estaduais de graça no PROER.
O CAPITALISMO DESTRUTIVO de hoje, desenhado pelos “economistas de mercado”, é o responsável pelos 13 milhões de desempregados e outro tanto de desalentados e subempregados, um capitalismo baseado no rentismo parasitário, que come a maior fatia do orçamento do Estado pelos juros da dívida pública. Lamentavelmente, esse CAPITALISMO DESTRUTIVO, sanguessuga do Estado, hoje está no coração do Estado, com um poder que nunca teve antes, nem no ciclo do plano Real. Está no comando do Estado sem contra pesos e sem controle. Até quando o País aguentará funcionando?

quarta-feira, 29 de maio de 2019

AFINAL, QUEM PERMITE ESSE MODELO ASSASSINO DE GESTÃO DE PRESÍDIOS?

(Foto: Arq.)
Em primeiro de janeiro de 2017, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), de Manaus, registrou uma rebelião com 56 mortes. Nesta semana, outra rebelião, com mais 55 mortes. A empresa responsável pela gestão do presídio é a Umanizzare. Seu dono, Luiz Gastão Bittencourt, presidente da Federação do Comércio do Ceará, interventor no Sesc-Senac do Rio de Janeiro, administrando R$ 1 bilhão por ano, apesar das inúmeras suspeitas que recaem sobre ele.
Fosse um País sério, um inquérito para apurar a responsabilidade dos gestores do presídio nas duas rebeliões que totalizam mais de 100 mortes já teria sido instaurado. (Em tempo: há pouco, o ministro Moro mandou instaurar inquérito - veja Aqui).

Aliás, é de se perguntar quem está permitindo a continuidade desse modelo assassino de gestão de presídios mesmo após a primeira rebelião.
No vídeo acima (clique AQUI), publicado em 28 de maio, Luis Nassif levanta essas questões e explica como funciona “um dos sistemas mais pesados que se tem no setor público, que é o sistema de privatização de presídios.”
“O jogo desse pessoal é simples. Eles montam um acordo político, [envolvendo] financiamento de campanha [eleitoral]. Assumem a gestão de um presídio. Ganham dependendo da população carcerária, então a população carcerária explode. O custo por preso em Manaus é super elevado. Superlotação [serve] para aumentar o faturamento. Deixam acumular dívidas fiscais e trabalhistas, e quando a empresa está com passivo grande, fecham a empresa. Abrem uma nova, que assume a gestão porque os contratos políticos são mantidos.”
É, segundo Nassif, um pouquinho do quadro da corrupção brasileira quando não envolve somente a politização e ideologização vista na Lava Jato.
“Se Lava Jato fosse levantar a história de Luiz Gastão, veria envolvimentos [com o sistema político] para todo lado.”
Mas como não é a Petrobras…
Confira o artigo de Luis Nassif sobre o tema:
Luiz Gastão: a blindagem de um homem de bem, responsável por 110 mortes em presídios

................

No Uol  -  "DOS 55 MORTOS EM MANAUS, 11 ERAM PRESOS PROVISÓRIOS, SEGUNDO DEFENSORIA PÚBLICA"  -  AQUI.

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos


.Nocaute - JFT - Fernando Morais:
O que o Papa Francisco disse para Lula ........ AQUI.

.Click Política:
Tiro pela culatra, acordão de Toffoli rejeitado  AQUI.

.Paulo A Castro:
Sobre a carta do Papa Francisco a Lula ........ AQUI.
Dois gigantes em destaque! ....................... AQUI.

....
(Clique AQUI para ler a carta 
do Papa Francisco a Lula).

BEM VINDO AO BRASIL

(Jefferson).

Para demonstrar a pertinência do cartum, alinhamos pequena mostra de fatos eloquentes:

.em meio a uma situação caótica no trânsito, o presidente manda deletar os radares das rodovias.

.o mundo inteiro apreensivo diante dos males produzidos por agrotóxicos - e o Brasil liberando duas centenas de novos registros logo no primeiro trimestre do ano.

.o mundo inteiro questionando o império das armas - e o Brasil tentando liberar geral.

.o juiz de base responsável pela eleição do presidente alçado ao cargo de ministro desse presidente.

.o presidente do Supremo e do CNJ firmando pacto de cúpula sacramentando iniciativas que refogem à sua competência - para desconforto de sua própria categoria e outros, conforme se vê aqui e aqui. 
(A propósito, diante, por exemplo, da inércia - uma das características da Justiça -, como posar de 'ator político', sr. Toffoli?). 

.etc., etc., etc.

A RUA, AMANHÃ, É MINHA HISTÓRIA E MINHA FAMÍLIA


"Meu pai, filho de migrantes de Alagoas, era um bancário que só virou professor porque havia uma universidade pública.
Minha mãe, filha de pintor de paredes e de uma costureira, austeros e queridos, também só pôde começar uma faculdade – e depois, já na maturidade, concluí-la – porque era pública, pois ser professora primária e criar dois filhos jamais a permitiriam pagar por isso.
Eu e meu irmão, universidades públicas. Minha filha mais velha, pós-doutora por uma universidade pública. Minha sobrinha mais velha, igual, formada numa universidade pública.
Não ir à rua amanhã seria trair a mim e trair a todos eles.
Pior, a todos os homens e mulheres, de ontem, de hoje e de amanhã que, como nós, tem, teve e terá na universidade pública a oportunidade, que infelizmente ainda é um privilégio, de aprendermos tudo: a sentir, a pensar e a trabalhar.
Mesmo os que podiam pagar, mesmo os que hoje são economicamente bem sucedidos economicamente –  colegas ontem, amigos hoje e sempre, que são executivos ou ex-executivos de grandes empresas – sabem e reconhecem que se tornaram pessoas melhores naquele ambiente democrático e plural, muito mais que se tivessem vivido em gaiolas de ouro.
Fizemos, todos nós – exceção, acho eu, feita à minha mãe, do tempo em que “moças de bem” não podiam fazê-las – balbúrdias, bagunças, cervejadas, empurramos trabalhos meia-boca, seminários de fancaria, tudo o que se permite aos jovens fazer quando se despedem da irresponsabilidade e passam a ser profissionais.
Aliás, na juventude, talvez pudéssemos não perceber o quanto eram importantes aquelas escolas que, se privadas, não teríamos. Na maturidade, porém, já nem este direito temos.
Desertar do dever de defender a universidade é fugir de lutar por seus pais, por seus filhos, por seu país.
Sim, o nosso país, que não pode existir e menos ainda crescer se não houver produção de conhecimento e a ânsia de saber e de criar.
O que moveu e o que moldou minha vida, desde quando usávamos a blusa branca, com “EP” de Escola Pública bordado em linha azul, que passou pelo ensino técnico, que foi à Universidade, que me levou a Brizola e a Darcy Ribeiro, faz disso, aliás, mais que um dever.  É algo tão vital como respirar e pulsar.
Nem minha escolha em ser eremita, o dia inteiro a escrever,  pode servir de desculpa à omissão, à obrigação de colocar a cara e o corpo  diante dos monstros que nos assombram."


(De Fernando Brito, texto intitulado "A rua, amanhã, é minha história e minha família", publicado no TIJOLAÇO, blog de que é titular.
Grande Brito).

PICLE DA HORA


Rico.

PENTÁGONO ADMITE INVESTIGAÇÃO DE UFO'S

O governo americano vem cortando sistematicamente as verbas gerenciadas pela Nasa, agência nacional de aeronáutica e espaço. A alegação é a de que não faz sentido insistir em levar pessoas à Lua, por exemplo (se é que...). Mas um fato é inconteste: o Pentágono, cujas verbas são secretas, está gastando... com objetos voadores não identificados! Por quê?
(Ilustração: UFO)
O Pentágono finalmente admite a investigação de UFOs
Do New York Post (Texto traduzido por UFO)
O Pentágono finalmente pronunciou as palavras que sempre evitou ao discutir a possível existência de UFOs - “fenômenos aéreos não identificados” - e admite que ainda investiga relatos deles.
Em um comunicado fornecido ao The Post, um porta-voz do Departamento de Defesa (DoD) disse que uma iniciativa secreta do governo, chamada Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP), “buscou pesquisa e investigação sobre fenômenos aéreos não identificados”.
E, enquanto o DoD diz que fechou a AATIP em 2012, o porta-voz Christopher Sherwood reconheceu que o departamento ainda investiga, alegando avistamentos de espaçonaves alienígenas. "O DoD está sempre preocupado em manter a identificação positiva de todas as aeronaves em nosso ambiente operacional, bem como identificar qualquer capacidade estrangeira que possa ser uma ameaça à pátria", disse Sherwood.
“O departamento continuará a investigar, através de procedimentos normais, relatórios de aeronaves não identificadas encontradas por pilotos militares dos EUA, a fim de garantir a defesa da pátria e a proteção contra a surpresa estratégica dos adversários de nossa nação.”
Nick Pope, que secretamente investigou OVNIs para o governo britânico durante os anos 90, chamou os comentários do DoD de uma "revelação bombástica".
Pope, um ex-oficial de defesa do Reino Unido, disse: “Declarações oficiais anteriores eram ambíguas e deixavam aberta a porta para a possibilidade de que a AATIP estivesse simplesmente preocupada com as ameaças de aviação de aeronaves, mísseis e drones da próxima geração - como os céticos afirmaram.
"Esta nova admissão deixa claro que eles realmente estudaram o que o público chamaria de UFOs", disse ele. “Também mostra a influência britânica, porque a UAP foi o termo que usamos no Ministério da Defesa para fugir da bagagem da cultura pop que veio com o termo UFO", completou.
John Greenewald Jr.,  cujo site The Black Vault arquivou documentos governamentais desclassificados sobre relatórios de UFOs, avistamentos de seres e outros assuntos, também chamado de “fenômenos aéreos não identificados” pelo Pentágono, disse:  "Estou chocado por eles terem dito dessa maneira e a razão é que eles aparentemente trabalharam muito duro para não dizer isso. Então, acho que é uma afirmação muito poderosa, porque agora temos evidências reais - evidências oficiais - que diziam: 'Sim, a AATIP lidou com casos, fenômenos, vídeos, fotos, o que quer que seja da UAP'”.
Greenewald disse que espera que o Pentágono libere mais informações sobre a AATIP, seja por divulgação voluntária ou por meio de pedidos sob a Lei Federal de Liberdade de Informação. "Mas pelo menos estamos um passo mais perto da verdade", disse ele.
A existência da AATIP foi revelada em 2017, juntamente com um vídeo do DoD de 33 segundos que mostra um objeto aerotransportado sendo perseguido por dois jatos da Marinha ao largo da costa de San Diego, em 2004. Na época, o ex-líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-Nev.), recebeu US$ 22 milhões em financiamento anual para a AATIP, dizendo que era “uma das coisas boas que fiz em meu serviço no Congresso”.
O estado natal de Reid, Nevada, abriga a instalação militar ultrassecreta conhecida como "Área 51", que há muito tempo é considerada o depósito de uma nave alienígena que caiu em Roswell, Novo México, em 1947. Reid, através de uma porta-voz, se recusou a comentar.

PENTÁGONO ADMITE PESQUISAS SOBRE UFO'S

           (Certo, certo... Admitimos pesquisas secretas sobre UFOs...)

Dave Granlund. (EUA).

NO REINO ANIMAL...

J Bosco.
....
.Bom Dia 247 (29.05.19) .......... AQUI.

ENTREMENTES, NO PLANALTO...


Atorres.

OS 'MERCADOS' PRECISAM PAGAR O PREÇO

(GGN)
Os 'mercados' precisam pagar o preço
Por André Araújo (No GGN)
O Brasil pode crescer usando uma vasta reserva de mão de obra desocupada, imensa capacidade instalada em produção de alimentos, cimento, aço, alumínio, algodão, tecidos, veículos, navios, calçados, roupas, bebidas, remédios, madeira, tijolos, azulejos, auto peças, papel e celulose.
Por que não cresce se todos esses fatores estão disponíveis no País? Estão todos aí, parados, milhões de trabalhadores parados e o País precisando de saneamento, moradias, drenagem, despoluição de cidades, praias, periferias, reparos de hospitais e escolas, conclusão de obras paradas.
Porque um grupo de economistas, que controlam o Banco Central e toda a política econômica, TRAVA o funcionamento conjunto desses fatores de produção para atingir objetivos meramente estatísticos que são necessários aos “mercados” financeiros como metas de inflação, e com isso impedem o país de trabalhar e crescer. Mesmo dispondo de todos os elementos e instrumentos para crescer e com isso atender às necessidades imensas da população, o Brasil tem fatores físicos de produção de bens, de geração de empregos, de criação de riqueza e oferecimento de serviços à população.
Nada anda porque, de propósito, a  economia está bloqueada para se tentar atingir estatísticas e índices que para eles é o negócio, é um processo de insanidade e de cupidez, uma agressão à  ciência econômica que foi criada para, através da inteligência, amenizar crises e operar contra ciclos naturais que podem ser enfrentados pelo engenho humano, como fizeram os grandes economistas operacionais  Keynes e Schacht.
Para deixar o processo econômico seguir um curso da natureza não seria preciso ciência econômica e nem economistas. Mas, pior ainda é quando economistas por sua intervenção aumentam as crises, como ao cortar gastos públicos em meio à recessão, quando  a lógica indica que o Estado deve fazer o contrário no contra ciclo com a maior ferramenta que só o Estado dispõe, a moeda. A moeda é o instrumental para enfrentar crise, quando deve ser expandida e não contraída, é uma arma do Estado.
POR QUE NÃO USAR A CAPACIDADE OCIOSA?
É inacreditável a passividade do comando da política econômica brasileira desde 2014 ao observar de camarote o afundamento da produção e do emprego, sem absolutamente nada fazer. Há no País fatores INTERNOS de produção que não estão limitados por nenhum constrangimento externo e que podem ser ativados por uma política de estímulos monetários calibrados dia a dia, o que exige inteligência, engenho e arte, algo desconhecido no campo de economistas de cartilha que desde o Plano Real manejam a política monetária através de seu domínio absoluto do Banco Central do Brasil.
A POLÍTICA ECONÔMICA ATENDE AOS INTERESSES DO “MERCADO”
A recessão, agora caminhando para a depressão, atende especialmente aos interesses do “mercado”. O sistema financeiro e seus clientes rentistas são os credores em Real do Estado, das empresas e das famílias. Quanto mais recessão, mais valorizadas são as dívidas em Real, não só a dívida pública federal como as dívidas das empresas e os financiamentos às famílias, tudo o que tem na ponta credora o sistema financeiro e seus clientes rentistas.
Como a taxa de juros real é várias vezes superior ao crescimento do PIB, a cada dia os que detêm a riqueza financeira ficam mais ricos, a renda mais se concentra e os pobres ficam mais pobres. No caminho, o Estado esmagado pela dívida pública cujo custo de carregamento é a maior despesa do orçamento, maior que a previdência, não tem mais recursos para educação, saúde, saneamento, obras públicas, tudo o que prejudica ainda mais os pobres.
Portanto, NÃO HÁ NENHUMA VANTAGEM PARA O PAÍS EM PROTEGER OS ‘MERCADOS ‘, que não entregam crescimento em troca da proteção de seus ativos, proteção essa que custa caríssimo à sociedade e especialmente aos pobres. Essa proteção se dá pelo “juro real” e pela “meta de inflação”.
Os “mercados” nem querem ouvir falar em uma política de estímulos monetários representada pela emissão de moeda cuja base está seca. Desde o Plano Real o Brasil não emite moeda nova, a base monetária real não cresce, o terreno da economia produtiva está seco e nada cresce em terreno seco.
O TRATO DO PAÍS COM OS ‘MERCADOS’
O País dá GARANTIAS EXCEPCIONAIS aos ‘MERCADOS’, representadas pelo juro real, pela ausência de controle cambial, pela manutenção de ALTÍSSIMAS reservas internacionais, cujo custo de carregamento é pago por todo o povo brasileiro mas que serve como garantia especialmente aos especuladores internacionais, parte central dos “mercados” que entram e saem em minutos do País, para aproveitar todas as jogadas possíveis em diferencial de juros, o que só é possível pela segurança que lhes dão as reservas internacionais de quase US$ 400 bilhões e ausência completa de controle de câmbio, abolido por completo em 2008 (Resolução 3.568/2008), permitindo aos bancos remeterem divisas sem necessidade de autorização oficial, algo que havia desde 1933.
Todas essas super vantagens tinham como contrapartida implícita que os “mercados” promoveriam o crescimento e a prosperidade em troca da liberdade absoluta, proteção e garantias que o Estado lhes concedia. O Estado cumpriu sua parte, mas os “MERCADOS” não pagaram o preço combinado.
A MAIS ALTA CONCENTRAÇÃO DE RENDA DO PLANETA, O MAIOR CRESCIMENTO DA MISÉRIA NA HISTÓRIA DO BRASIL,  NUNCA HOUVE TANTOS RICOS E TANTOS POBRES NO PAÍS,  UMA EXTRAORDINÁRIA DILACERAÇÃO DA BASE SOCIAL, RUPTURAS FAMILIARES, CRIMES E FALTA DE PERSPECTIVA DOS JOVENS
Os últimos dados do PNAD (Nota deste Blog: PNAD = Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indicam um crescimento nunca antes registado do Coeficiente de Gini, que aponta a concentração de renda, colocando o Brasil como um dos campeões da concentração e, como consequência, do empobrecimento da população mais carente, que já era muito pobre em 2014.
OS ‘MERCADOS’ PRECISAM PAGAR O PREÇO
Foram extraordinariamente beneficiados pelo controle absoluto do BANCO CENTRAL, desde 1994, com o que capturaram a quase totalidade da riqueza nacional, muito melhor distribuída entre 1950 e 1980 do que em 2019. Entre 1950 e 1980 os “mercados” NÃO controlavam a moeda e a riqueza do País.
O preço a ser pago deve ser a desmontagem dos mecanismos de proteção e garantia GRATUITOS que o Estado oferece aos mercados, (e essa desmontagem implicará a adoção de medidas duras) quais sejam:
1. Retornar o BANCO CENTRAL ao controle do Estado brasileiro. Nenhum dirigente pode ter sido ligado ao mercado financeiro. Desde 1994 TODOS os dirigentes do BC são, foram ou voltaram ao mercado financeiro. Basta seguir o caminho do Federal Reserve System dos EUA, onde nenhum dirigente pode ter ligação com o mercado financeiro, regra não escrita e fielmente seguida. É inaceitável essa infiltração de dirigentes de bancos privados dentro do BC.
2. Restabelecer o controle de câmbio pelo FIRCE, que operava no Brasil de 1933 a 2008, com moderação, segurança e proteção dos interesses do País. (Nota deste Blog: FIRCE = Fiscalização e Registro de Capitais Estrangeiras - setor do Banco Central. ---- Nota: Vale registrar que André Araújo produziu, em setembro de 2015, o artigo "De volta para o controle de câmbio" - aqui -, que vale conferir). 
3. Abolir o sistema de “metas de inflação”, que só trouxe travas ao crescimento do País. A China tem “meta de crescimento” e não meta de inflação.
4. Restabelecer a CONTA MOVIMENTO do Banco do Brasil para financiar o dia a dia do governo, de forma mais barata e eficiente do que se financiar no “mercado” a juros altos, ficando refém do sistema financeiro nacional e internacional, a quem precisa prestar reverência e submissão, além de pagar caro.
5. Juro da dívida pública 1% ao ano acima da inflação. Os detentores que não aceitarem, resgate em dinheiro, que irá para ativos físicos.
6. Programa de obras públicas de R$2 trilhões em 40 meses, o que fará o País crescer 5 a 7% ao ano nos próximos 4 anos.
O Brasil hoje está de joelhos perante os “mercados” a troco de nada, não se beneficiou dessa submissão, só perdeu; a China não cometeu esse erro.

................
................

Em nosso entendimento, o artigo acima se insere nas 'sete ideias de brasilidade' a que dias atrás André Araújo se reportou em postagem reproduzida por este Blog. Conquanto as "medidas duras" sugeridas por Araújo contra os mercados se revistam de certa inexequibilidade, diante do establisment dominante.  

A propósito, a Editora Alfa Omega informou o seguinte sobre o articulista:

"André Araújo foi durante as décadas de 70 e 80 dirigente sindical patronal do setor elétrico-eletrônico, tendo sido diretor-tesoureiro das duas grandes entidades desse setor industrial.
Foi também presidente da EMPLASA - Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo SA, a primeira entidade pública de planejamento de grandes centros urbanos do país, fundada em 1975, para organizar o crescimento dos 39 municípios que compõem a Grande São Paulo.
Formou-se em Direito, em 1968, pela Universidade Mackenzie. E fez pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas - EASESP.
Atualmente é diretor executivo do CELE - Centro de Estudos da Livre Empresa -, entidade que pesquisa as instituições sindicais e associativas, de caráter patronal no Brasil.
Em 1994, foi coordenador-geral da Primeira Conferência Internacional de Centros Empresariais, realizada em Brasília, que contou com a participação de 16 entidades desse gênero das três Américas.
Os marxistas no poder - a esquerda chega ao Planalto [Editora Centro de Estudos da Livre Empresa] é o seu primeiro livro. São também suas obras: O Brasil dos patriotas - caminhos da potência emergente [Editora Centro de Estudos da Livre Empresa] e Mercados soberanos - globalismo, poder e nação [Editora Alfa-Omega]."

André Araújo, hoje basicamente consultor, escreve há tempos no Luis Nassif Online - Jornal GGN, e seus textos, pela qualidade de que se revestem, costumam ser  reproduzidos, com satisfação, por este Blog.

terça-feira, 28 de maio de 2019

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos


.Paulo Ghiraldelli:
A direita tem o direito de destruir o país? ... AQUI.

.Nocaute - Giramundo - Aline Piva:
O avanço da ultradireita ........................... AQUI.

.Paulo A Castro:
O que resta aos empresários .................... AQUI.
Caso COAF: Moro e a desfaçatez ............... AQUI.
Bolsonaro detonou o PSL ......................... AQUI.

A UNIÃO EUROPEIA PÓS ELEIÇÕES


Stephane Peray. (Tailândia).

DA SÉRIE RECORDAÇÕES SOBRE JOGADAS QUE SE SEGUIRAM AO IMPEACHMENT DE DILMA

'Qualquer pessoa medianamente informada conhece a governança no BNDES, um banco exemplar, como o próprio Banco do Brasil, que passou ileso pela corrupção política.' Em contrapartida, hoje consta que há tempos a banca privada (não diretamente os dirigentes) estaria envolvida em irregularidades cambiais que montam bilhões de Reais; especula-se até que investigações já apontavam indícios em tal sentido, mas isso teria sido 'silenciado'. Lá nos primórdios, certamente a maior falcatrua financeira de todos os tempos, conhecida como 'Escândalo Banestado' (clique AQUI), que se estendeu de 1996 a 2003, abocanhando 128 BILHÕES DE DÓLARES. Escândalo 'devidamente' abafado. Enquanto isso, o terreno continuou propício aos assassinatos de reputação. Dos 'outros', claro.
(GGN)
Justiça de transição para juiz, procurador e Fantástico por assassinato de reputação
Por Luis Nassif (No GGN)
Na grande noite de São Bartolomeu, em torno do impeachment da presidente da República, nenhum episódio foi mais infame do que a detenção de cerca de quarenta funcionários do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), dentre os quais mulheres grávidas, sendo expostos à sanha da mídia. E a denúncia contra cinco deles.
Qualquer pessoa medianamente informada conhece a governança no BNDES, um banco exemplar, como o próprio Banco do Brasil, que passou ileso pela corrupção política.
Mesmo assim, na gana por protagonismo, o procurador do Distrito Federal Anselmo Lopes solicitou e o juiz Ricardo Leite autorizou a humilhação pública dos funcionários do banco. Cerca de 40 deles foram detidos, sob os holofotes da mídia, conduzidos para a cadeia.
Não apenas humilharam cidadãos exemplares, como provocaram o chamado apagão das canetas, um receio generalizado de funcionários em assinar qualquer operação, sabendo o risco que corriam em uma Justiça sob o comando dos hunos.
Mais que isso.
Procuradores vazaram para o Fantástico que um determinado funcionário, aposentado, era o infiltrado da JBS no banco. A pessoa em questão era o representante do BNDES no Conselho da JBS, já que o banco detinha participação acionária no grupo.
Com a bestialização do jornalismo, o Fantástico marcou uma entrevista com o funcionário para falar de abelhas – ele é apicultor. Câmera ligada, colocaram-no no pau-de-arara jornalístico, para que falasse de suas ligações com a JBS. O entrevistado deu as costas, com a indignação dos justos, saiu de cena e a câmera foi acompanhando, com quem persegue um ladrão que foge da cena do crime.
No dia 21 de maio de 2017, a reportagem foi apresentada com acusações frontais do apresentador. Dizia que o Fantástico localizou um agente duplo da JBS no BNDES acusado de favorecer a empresa em bilhões.
Mesmo depois de ficar claro que todos os procedimentos dos funcionários foram decisões técnicas, tomadas de forma colegiada, o MPF do distrito Federal prosseguiu em uma sanha persecutória. Era uma ofensiva irracional, que afrontava qualquer conhecimento mínimo sobre os processos decisórios do banco.
Na semana passada, o juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal do Distrito Federal, rejeitou a denúncia contra cinco funcionários do banco.
Para o juiz Bastos, “os depoimentos colhidos na fase investigativa, repito, negam peremptoriamente qualquer interferência, influência, orientação, pressão, constrangimento ou direcionamento na tramitação dos processos de aporte financeiro do BNDES (…) A participação de agentes do BNDES em conselhos de administração de empresas privadas e o relacionamento institucional entre o Banco e essas empresas clientes, estavam previstos nos seus regulamentos e eram necessários para a defesa dos interesses e do dinheiro público envolvidos nos aportes financeiros, não sendo por si só atos ilícitos, ao contrário do que parece crer a acusação”.
Pergunto: como ficam os autores desse claro episódio de abuso de autoridade? O MPF consagrou a Justiça de Transição, como vacina contra a repetição do arbítrio. Precisa se voltar para seu próprio umbigo e mostrar dignidade. E o que seria dignidade?
  1. Em vez de negociar com Jair Bolsonaro, e manter a blindagem sobre o motorista Queiroz, a Procuradora Geral da República Raquel Dodge teria um momento de grandeza, se fizesse um pedido público de desculpas aos inocentes atingidos pelo episódio.
  2. Os autores dessa truculência serem no mínimo advertidos pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
Toda solidariedade aos colegas jornalistas alvos das manifestações de rua dos bolsominions, vítimas do ódio que ajudaram a plantar. Mas como fica a reparação? O Fantástico fará um pedido público de desculpas ao funcionário exposto como criminoso a milhões de brasileiros?