terça-feira, 31 de janeiro de 2023
ELES DISSERAM E/OU CANTARAM
BATEIA INSÓLITA
"ERA UM CRIME ANUNCIADO", DIZ PROFESSORA DA UFPI APÓS ESTUPRO E ASSASSINATO DE ESTUDANTE DENTRO DO CAMPUS
Maria do Socorro Pereira da Silva, professora e doutora em educação da UFPI, emitiu uma nota neste segunda-feira (30) a respeito do estupro e assassinado da jovem estudante de jornalismo Janaína Bezerra, que foi brutalmente estuprada e assassinada pelo também estudante Thiago Mayson Barbosa.
1. O estupro seguido de assassinato era um crime anunciado! Porque viraram rotina os assaltos e o assédio às mulheres estudantes, que são as maiores vítimas da insegurança na UFPI, discursos de “não autorização” não anula a responsabilidade da universidade em garantir segurança em suas dependências; aliada a isso, a cultura do machismo ganhou força, nos últimos anos, por uma mentira reiterada vezes repetida de “ideologia de gênero”. Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
2. As calouradas são rotinas dos estudantes em todas as universidades, faz parte da vida acadêmica. Ocorre que a estudante não foi estuprada e assassinada em atividades que fazem parte da cultura das calouradas promovidas pelo DCE, isso porque, não existem atividades de estupro e assassinato em calouradas! Os estudantes não são responsáveis pela segurança da UFPI, é atribuição da prefeitura do CAMPUS! Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!3. Sobram narrativas de que a MULHER É A CULPADA! A velha retórica que tenta CRIMINALIZAR AS MULHERES com chavões como “estava bêbada!”... Quantos HOMENS são estuprados e assassinados porque estão BÊBADOS? Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
3. Sobram narrativas de que a MULHER É A CULPADA! A velha retórica que tenta CRIMINALIZAR AS MULHERES com chavões como “estava bêbada!”... Quantos HOMENS são estuprados e assassinados porque estão BÊBADOS? Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
4. Foram publicadas notas intituladas em várias instituições e mesmo em organizações da sociedade civil: “NOTA DE FALECIMENTO”, “NOTA DE PESAR”, supernecessárias quando as razões das mortes são de causas naturais ou de doenças terminais. Esses tipos de notas naturalizam o estupro e assassinato da estudante e ocultam os crimes de feminicídio. É preciso emitir “NOTAS DE JUSTIÇA”. Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
5. É urgente a organização de uma força-tarefa, pela UFPI, para implantação imediata de um PLANO EMERGENCIAL DE SEGURANÇA NO CAMPUS. Existem várias experiências no Brasil que podem servir de referência. Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
6. Nós, mulheres, não estamos seguras em lugar nenhum! Apesar disso, a universidade é nosso lugar de trabalho, investigação, produção e execução de projetos inovadores no ensino, pesquisa e na extensão. Por isso, é fundamental manter a memória de JANAÍNA VIVA na ciência. Desse modo, propomos que a Universidade abra editais específicos de projetos de pesquisa e extensão – JANAÍNA VIVE – com recursos próprios, que promovam discussões de relações de gênero, direitos das mulheres, leis que tipificam os crimes de feminicídio, formas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
7. Por fim, e não menos importante, é fundamental que a administração superior crie um memorial JANAÍNA VIVE, para que a comunidade acadêmica nunca se esqueça do crime cometido dentro da UFPI, pois apenas decretar LUTO não é suficiente! Uma estudante estuprada e assassinada é uma ameaça a todas as mulheres!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
ELES DISSERAM E/OU CANTARAM
ESTADO MÍNIMO? SEI...
BRASIL 2023 E O DIREITO DE IR E VIR
Vemos no noticiário que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi atacado por um homem que ofendeu o ministro em um prédio residencial, no Sudoeste.
JOVEM QUE MORREU EM FESTA DA UFPI FOI ESTUPRADA E ASSASSINADA, DIZ LAUDO
Crime aconteceu na madrugada de sábado (28). Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, não faleceu no hospital, mas foi levada morta para lá. Estudante que a teria “socorrido” é o suspeito.
Um crime brutal cometido dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, na madrugada de sábado (28), choca o Brasil. As primeiras informações reportadas eram de que a universitária Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, que cursava o 6° período de Jornalismo na instituição pública, teria passado mal durante uma festa realizada ilegalmente no campus da capital piauiense e que, com a ajuda de um outro estudante, teria sido socorrida e levada ao Hospital Primavera, onde momentos depois faleceu. Mas a Polícia Civil do Piauí revelou em pouco mais de um dia que a história foi bem outra.