Sergio Moro já admite a interlocutores que a Lava Jato irá desmoronar debaixo de toda enxurrada de ilegalidades reveladas pelas petições da defesa de Lula depois do acesso às mensagens da Operação Spoofing. Moro está com medo de que toda Lava Jato seja anulada. Segundo a colunista Bela Megale, Moro admite que não tem horizonte na política e que se sente odiado. “Parte considerável dos políticos de Brasília me odeia”, tem dito o ex-juiz e ex-ministro.
A Operação Spoofing foi deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2019, com o objetivo de investigar as invasões às contas de Telegram da Lava Jato que deram origem à Vaza Jato e agora às petições da defesa de Lula. Toda a escuta foi conduzida pelo hacker Walter Delgatti, cuja história será transformada num documentário pela TV 247.
As revelações que vieram à tona desde a Vaza Jato e agora com as petições da defesa de Lula levaram o ministro Gilmar Mendes, do STF, a afirmar que a Lava Jato corrompeu a democracia no Brasil: "Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”. - (Aqui).
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Não se pense que as ilegalidades perpetradas pelo ex-juiz se limitaram ao ex-presidente. O leque é amplo: há pessoas físicas, empresas e até instituições vilipendiadas, a exemplo do STJ e do TCU. Quando da desistência do Sr. Moro da Magistratura, 11 (onze) reclamações gravíssimas contra ele aguardavam julgamento no Conselho Nacional de Justiça, e tal julgamento se daria logo, por determinação do ministro Dias Toffoli, recém empossado sucessor da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF/CNJ. Com a desistência do juiz, a matéria restou prejudicada.
Os danos infligidos ao sistema econômico dariam outro alentado livro - mas o que é imperioso dizer é que quem sofreu os mais gritantes ataques foi a Constituição Federal, cujas diretrizes sobre direitos e garantias individuais foram solenemente ignoradas.
Se a Corte Suprema decretar a ilegalidade dos atos praticados, muitos certamente dirão que "a corrupção venceu". Quem acompanhou atentamente a Lava Jato desde março de 2014 certamente não fará parte desse time.
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