quinta-feira, 16 de julho de 2020

LAVA JATO TEME QUE MORO SEJA ALVO DE BUSCA E APREENSÃO HUMILHANTE NO CASO TACLA DURÁN

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Convém lembrar que no final de 2017, quando se desenvolvia no Congresso a CPMI das empresas JBS e J&F, integrantes da referida Comissão conseguiram aprovar a inserção de depoimento, por videoconferência, do advogado Tacla Durán, então na Espanha, o qual foi levado a efeito durante sessão, e na oportunidade o depoente, além de falar sobre o caso JBS, relatou detalhes da questão da tentativa de chantagem de que foi vítima, por parte de Carlos Zucolotto (confira post - Aqui - publicado neste Blog em 01.12.2017). Mas a Lava Jato estava tão blindada que o tal depoimento teve repercussão quase zero na chamada mídia corporativa, e pior: não foi nem sequer mencionado no relatório final da CPMI. Agora, ao que parece, a conjuntura é outra.
Aguardemos.


Do Brasil 247:
A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba vem demonstrando preocupação com a possibilidade de que a retomada da negociação em torno de uma delação premiada do advogado Rodrigo Tacla Durán resulte em uma operação de "busca e apreensão desmoralizante" contra o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Uma ação desta natureza colocaria por terra o discurso de imparcialidade adotado pela operação, além de representar o fim das pretensões políticas de Moro em disputar as eleições presidenciais de 2022.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a avaliação dos procuradores é que a retomada das negociações por novos depoimentos de Tacla Durán seja utilizada politicamente pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para minar a credibilidade da operação e turbinar o capital político de Jair Bolsonaro, que visa a reeleição.
As tratativas entre a PGR e Tacla Durán para um acordo de delação premiada foram retomadas em junho. Ele acusa o também advogado Carlos Zucolotto, padrinho de casamento de Sérgio Moro, de agir como intermediário de negociações paralelas, envolvendo supostos pagamentos de propinas entre delatores e investigadores da Operação Lava Jato.
A proposta de delação de Tacla Durán, que era operador financeiro da empreiteira Odebrecht no exterior, foi rejeitada pela Lava Jato em 2016.  -  (Aqui). 

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