"Pela primeira vez, houve mais de 1 milhão de casos nas últimas 100 horas, e o Brasil puxa a fila da doença"
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Brasil ultrapassa dois milhões de casos de infecção por coronavírus. Enquanto hospitais das capitais respiram aliviados diante da redução de internações e da curva das médias semanais, observadores vibram, aparentemente indiferentes à enorme ameaça que a interiorização da pandemia representa - inclusive a perspectiva de demandar a assistência de hospitais que as capitais ora estão a desativar.
Agência Reuters / Brasil 247:
As infecções globais por coronavírus passaram de 14 milhões na sexta-feira, segundo contagem da Reuters, marcando a primeira vez em que houve um aumento de 1 milhão de casos em cerca de 100 horas.
O primeiro caso foi relatado na China no início de janeiro e levou três meses para se atingir 1 milhão de casos. Foram necessários apenas quatro dias para subir de 13 milhões, no dia 13 de julho, para 14 milhões de casos agora.
Os Estados Unidos, com mais de 3,6 milhões de casos confirmados, ainda estão tendo enormes saltos diários em sua primeira onda de infecções por Covid-19. Os EUA registraram um recorde global diário de mais de 77.000 novas infecções na quinta-feira, enquanto a Suécia teve 77.281 casos no total desde o início da pandemia.
Apesar do aumento de casos, cresce uma divisão cultural no país devido ao uso de máscaras para conter a propagação do vírus, uma precaução adotada rotineiramente em muitos outros países.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e seus seguidores têm resistido a um endosso total das máscaras e defendem o retorno à atividade econômica normal e à reabertura de escolas, em meio à elevação de casos.
Outros países duramente atingidos “achataram a curva” e estão flexibilizando os isolamentos, enquanto em outras partes, como as cidades de Barcelona e Melbourne, estão implementando uma segunda rodada de restrições.
O total de casos em todo o mundo é aproximadamente o triplo do número de doenças graves por influenza registrado anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A pandemia já matou mais de 590.000 pessoas em quase sete meses.
No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas testaram positivo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, e mais de 77.000 pessoas morreram. - (Aqui).
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