"Todd Chapman diz que o Brasil não pode encarar a compra de equipamentos de internet apenas como uma questão comercial, levando em conta preços e aspectos técnicos. Diz que o 5G é tema de 'segurança nacional' para os Estados Unidos."
Do 247:
No momento em que o Brasil se encontra praticamente ocupado pelos Estados Unidos, com um governo totalmente submisso a seus interesses, o embaixador estadunidense em Brasília fez questão de deixar claro que o País não tem autonomia para selecionar seus fornecedores para rede de 5G – a internet de altíssima velocidade – na banda larga.
"É uma tema bastante importante para o mundo. É a próxima geração de telecomunicações que será a base da revolução tecnológica que vai beneficiar a todos. Nosso interesse é que essa tecnologia seja usada para promoção de atividades econômicas, avanço da sociedade e para o bem de nossos princípios, como a democracia. E que essa tecnologia não seja usada para reprimir a sociedade, como estamos vendo em vários regimes autoritários no mundo. A tecnologia deve liberar e não reprimir as pessoas. É importante que os fornecedores de um produto tão sensível tenham os mesmos princípios que você. Por isso, a posição dos EUA e nosso alerta para nossos amigos e aliados, como o Brasil, é saber com quem se está trabalhando. Nós já sabemos que Huawei e outras empresas da China, como a ZTE, têm a obrigação, por lei, de entregar toda a informação que passa por elas. Trata-se da segurança nacional dos Estados", disse ele, em entrevista aos jornalistas Bruno Rosa e Claudia Antunes, publicada no Globo.
"A seleção de fornecedores do 5G não é para nós uma questão comercial. Nós não temos uma empresa puramente americana que esteja competindo. Isso não é para ganhar US$ 1 bilhão. É um assunto de segurança nacional. Muitos países já decidiram excluir a Huawei por questão de segurança, como Austrália, Japão e Inglaterra, por exemplo. E esse número é crescente porque mais pessoas estão fazendo a mesma análise, vendo o comportamento da Huawei de roubar propriedade intelectual. A Inglaterra disse que vai tirar tudo da Huawei de seu sistema nos próximos anos. E isso vai custar um pouco de dinheiro, mas não tanto como as pessoas estão falando. Na Europa, para substituir todo o equipamento da Huawei em 5G serão US$ 3,5 bilhões. São US$ 7 por usuário", apontou ainda Chapman.
Por fim, ele deixou claro que haverá consequências. "Eu diria que represálias não, consequências sim. Cada país é responsável por suas decisões. As consequências que estamos vendo no mundo é que há um receio de empresas que estão baseadas na propriedade intelectual de fazer investimentos em países onde essa propriedade intelectual não seja protegida." - (Aqui).
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Nota: A 'ameaça' não se restringe ao Brasil. Vários embaixadores estão incumbidos da missão em plagas diversas.
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A guerra Estados Unidos X China vai longe, a cada dia mais acirrada. Observe-se que em maio do ano passado este Blog já oferecia espaço para o imbróglio:
"Uma autoridade norte-americana recentemente 'alertou' o Reino Unido sobre sua aprovação para permitir que a empresa de telecomunicações Huawei ajudasse a construir algumas partes não essenciais da rede de dados 5G, dizendo que isso poderia permitir à China 'controlar a internet do futuro' e 'dividir alianças ocidentais através de bits e bytes'.
Além de tal difamação, o governo dos EUA chegou a colocar a Huawei em uma 'Lista de Entidades', para sufocar a empresa.
Fatos falam mais alto que palavras. Até março deste ano, a China detinha 34,02% dos pedidos mundiais de patentes-chave relacionadas à tecnologia 5G, enquanto os EUA tinham apenas 14% de participação, de acordo com a empresa de dados de patentes alemã IPlytics.
Ouvindo algumas preocupações em âmbito doméstico, as autoridades norte-americanas ainda afirmam descaradamente que o 5G é uma corrida armamentista na qual os EUA são o único vencedor e protegerão a tecnologia do inimigo.
Schot/Holanda. "No fundo, ambos se equivalem"
Tais observações indicam que os EUA aplicaram uma mentalidade de Guerra Fria à ciência e à tecnologia e tentaram amarrar o desenvolvimento mundial neste campo ao seu próprio em uma 'panelinha', um movimento que vai contra a tendência dos tempos atuais. (...)."
(Para continuar a leitura de "A Huawei e a guerra EUA X China", clique Aqui).
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Na 'cabeça' da postagem acima, este Blog registrou:
"A China, do lado de lá da muralha, faz a sua avaliação sobre o que se está a ver no front belicoso em que as donas do mundo se digladiam.
E quanto ao Brasil? Clique Aqui para conferir 'Raio X do comércio com a China e a diplomacia fundamentalista bolsonariana', por Luis Nassif."
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