domingo, 12 de julho de 2020

DOIS TÓPICOS MARCANTES SOBRE UMA AMARGA REALIDADE BRASILEIRA


1. "Na sexta-feira 03.07 a força tarefa da Operação Lava Jato de São Paulo, excepcionalmente, bateu na porta do tucanato. Após quatro anos, a investigação da corrupção tucana no Rodoanel chegou em José Serra e em sua filha, Verônica Serra, blindados por Moro e pela imprensa que, possivelmente, aguardavam a prescrição dos crimes investigados (leia mais).

A guerra que está sendo travada hoje é entre Bolsonaro e Sérgio Moro para ver quem chega em 2022. Nessa guerra, estamos vendo a batalha entre a Procuradoria Geral da República (PGR) de Augusto Aras; e os procuradores da famigerada Lava Jato, umbilicalmente ligada a Sérgio Moro e às Organizações Globo.

O imbróglio é a criação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Unac), defendida por Aras e que nasceu de um projeto iniciado pelo hoje insignificante Rodrigo Janot.

O objetivo é que a Unac, como um órgão diretamente ligado ao PGR, tenha livre acesso a todos os bancos de dados e informações colhidas em investigações do MPF, de Norte a Sul do país. O projeto prevê a submissão de todas as forças-tarefas ou grupos de procuradores que venham a ser criados ao PGR.

Os 'éticos' procuradores da Lava Jato se manifestaram. Quatro deles, que trabalhavam na PGR, renunciaram em 26 de junho, depois que a subprocuradora Lindora Maria Araújo, obedecendo ordens do PGR, foi a Curitiba para analisar o banco de dados que contém as investigações da Lava Jato.

São, portanto, procuradores ligados a Sergio Moro que acusam a PGR de 'interferência ilegal' nas investigações da Operação, e garantem que Araújo não apresentou pedidos formais no caso. O que não parece ser o caso da Lava Jato de São Paulo que, ao investigar o PSDB, demonstra independência e um possível alinhamento ao novo Ministro da Justiça, a conferir...

Para entender por que agora e somente agora eles resolveram perturbar o tucanato é preciso observar as disputas em curso no interior da direita brasileira. É consenso que a guerra é interna, e não apenas entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes ou Bolsonaro e Maia/Alcolumbre, de onde, aliás, já é possível sentir o cheiro podre de um grande acordão. (...)."

("PGR vs. Lava Jato no ringue da direita" - Carta Maior  -  Aqui).

2. Desdobramento das recentes medidas levadas a efeito pela Procuradoria-Geral da República, esvaziando o 'poderio' das forças tarefas, que desde a sua 'instituição' vinham agindo a seu exclusivo arbítrio, com a República de Curitiba - respaldada pela mídia amiga - capitaneando as demais (Rio e São Paulo) no que respeita a abusos os mais vergonhosos, a exemplo de: conluio força-tarefa curitibana X governo dos EUA; quebra orquestrada de grandes empresas nacionais e dos projetos estratégicos do estado brasileiro - crime explícito de lesa-pátria -; locupletação de procuradores da República ("fundação" Lava Jato; indústria da deleção premiada, inclusive de Tacla Durán; propinas recebidas de doleiros); arbitrariedades praticadas contra o Partido dos Trabalhadores, em especial o ex-presidente Lula.

"A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai enviar nos próximos dias representantes ao Rio de Janeiro, a Curitiba e a São Paulo para coletar dados de investigações das forças-tarefas locais da Lava Jato. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo. (...)."

(Clique Aqui para conferir "Aras prepara equipes que serão enviadas para devassa na Lava Jato" - Brasil  247).

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