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“'Mesmo que a grande República sobrevivesse ao julgamento amplamente ilesa (o que é otimista), a reeleição desse homem – um demagogo, nacionalista, mentiroso incontinente e admirador de tiranos– teria importância mundial', pontua o articulista, explicando que os déspotas veem Trump como um espírito irmão".
(Trump, por Manny
Francisco - Filipinas)
O perigo de uma reeleição de Trump
Do Jornal GGN
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu se livrar do impeachment com o esperado partidarismo dos republicanos no Senado, que acabaram abandonando o papel posto a eles pela Constituição norte-americana.
Agora, eles remeteram a decisão aos eleitores na disputa em novembro – e Trump tem ao seu lado apoiadores apaixonados, um partido unido, o colégio eleitoral e uma economia considerada saudável, o que torna sua reeleição provável.
Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Martin Wolf, comentarista-chefe de economia do jornal Financial Times, diz que a economia poderá ser o motivo mais claro para Trump vencer a eleição. “Como salientou Joseph Stiglitz, o economista prêmio Nobel, o desempenho dos EUA continua fraco pelos padrões de seus pares em aspectos importantes, notadamente a expectativa de vida, índices de emprego e desigualdade. Além disso, a produção, o emprego, o desemprego e os salários reais são tendências pós-crise que continuam de modo geral”.
Contudo, a implicação mais evidente de uma vitória de Trump seria seu impacto sobre a economia liberal norte-americana. Segundo Wolf, o presidente norte-americano “acredita que está acima da prestação de contas à lei ou ao Congresso pelo que ele faz no cargo”. Para Trump, ele só precisa prestar contas ao seu eleitorado – e aqueles nomeados em seu governo devem lealdade a ele e não a uma causa maior.
“Mesmo que a grande República sobrevivesse ao julgamento amplamente ilesa (o que é otimista), a reeleição desse homem – um demagogo, nacionalista, mentiroso incontinente e admirador de tiranos– teria importância mundial”, pontua o articulista, explicando que os déspotas veem Trump como um espírito irmão.
Uma nova vitória de Trump significaria o abandono dos liberal-democratas, e a ideia do Ocidente como uma aliança com alguma base moral evaporaria. “De modo mais amplo, seu transacionalismo em curto prazo e a disposição a usar todos os instrumentos disponíveis do poderio americano criam um mundo instável e imprevisível não apenas para os governos, mas também para as empresas. Essa incerteza também pode piorar em um segundo mandato. É uma pergunta em aberto se algum tipo de Estado de direito internacional sobreviveria”. - (Aqui).
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