terça-feira, 25 de julho de 2017

PROCURADOR ADMITE QUE SÓ QUERIAM O FIM DO GOVERNO DILMA, NÃO DA CORRUPÇÃO


1. Pelo visto, o procurador Carlos Fernando foi o último a perceber que "muitas pessoas" que apoiavam a Lava Jato foram movidas não pelo repúdio à corrupção, mas pelo desejo de usurpar a presidência da República e abiscoitar benesses à farta. Os mortais comuns não conseguimos conter a surpresa (Aqui) ante a revelação.

2. O douto procurador registra os mimos distribuídos pelo senhor Temer à 'base aliada' em troca da impunidade, mas convenientemente 'esquece' de mencionar a quase conclusão do processo de desmonte do País levado a efeito pelo grupo político ora encastelado no poder, processo, aliás, que contou com o auxílio precioso de outros setores, não necessariamente político-partidários formais, como a qualquer observador minimamente atento vem sendo dado constatar.

3. Vale enfatizar que os operadores e simpatizantes da Lava Jato alçaram-na à condição de Magna Ação, triunfando erga omnes e suplantando a própria Constituição Federal (basta ver a condição a que chegaram certos incisos do artigo 5º), infensa a qualquer reparo, tênue que seja, e insuscetível de deliberação, ainda que as propostas eventualmente apresentadas sejam formuladas por "pessoa" detentora do direito de formulá-las, à vista da mencionada Constituição Federal. 
4. Aliás, era previsível a iniciativa de um ou mais deputados em tal sentido, especialmente quando 'chegada a hora' dos partidos políticos virtuosos. O deputado Fábio Ramalho defende um 'deadline' para a Lava Jato? Que a Câmara se manifeste, como manda a Lei. Ou a supremacia da Operação vai impor a sumária recusa da proposta?
5. Enquanto isso, persiste o ucasse em vigor desde os idos de março de 2014, consistente em que toda e qualquer crítica a patrocinador da Operação (uma formação acadêmica... nebulosa, p. ex.) será encarada não como crítica à pessoa criticada, mas como ofensa à Magna Operação - 'carimbando' o crítico como defensor de malfeitorias.

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P. s.: Um leitor do Jornal GGN não conseguiu se conter:
"Eles (lava jato) querem isso mesmo. É a desculpa perfeita: 'nós não pudemos ir atrás dos outros porque não deixaram'".

Pano rápido.

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