Ochoa fechou o gol.
Brasil 0 x 0 México
Por Joel Bueno
Os tais perigosíssimos alas do México jogaram de zagueiros. Nossos laterais avançavam muito mais. Era um 5-3-2 bem tímido, quando não derivava para o 5-4-1, com o Giovanni dos Santos voltando para ajudar o meio de campo.
O nosso problema era a saída de bola. Igual ao jogo contra a Croácia. Ficavam trocando passes lá atrás: David Luiz - Thiago Silva - Luiz Gustavo - David - Thiago - Luiz. Os outros a mil quilômetros de distância. Uma vez ou outra o México pressionou, numa delas tomou a bola e quase complicava. Depois ficou pior. Chutão para a frente. Cheio de mexicano no meio do campo. Geralmente a bola era deles.
A gente não tem meia-armador. Tudo bem. Então treina a saída de bola pelas laterais. Daniel Alves e Marcelo têm qualidade e até estavam bem hoje. Mas a transição era pelo meio. Aí precisa de um segundo volante jogando minimamente. E o Paulinho do Tottenham está longe do Paulinho do Corinthians. Segunda partida jogando pedrinha. Por mim, ele perdia a vaga já. Bota qualquer um. Não pode piorar.
O Felipão tentou. Tirou o Ramirez, que não cumpria o papel de segurar o ala esquerdo, já que ele não avançava mesmo. Botou o Bernard, para ver se punha velocidade no time. Mas o problema não era esse. Era - vou repetir - a saída de bola, a saída de bola, a saída de bola.
Em geral, as atuações individuais não foram péssimas. A defesa esteve bem, inclusive os laterais, que contra a Croácia comprometeram. Foi a segunda vez que o Bernard entrou e não fez nada. Os centro-avantes não tiveram culpa, a bola chegou pouco neles, mas o Fred tinha que se movimentar mais. O Ramirez ficou abaixo do que pode, talvez porque sua função tática não encaixava no jogo. O Oscar voltou à fase pré-Copa. O Neymar tentou, foi marcado em cima, apanhou muito - das 18 faltas do México, umas seis ou sete foram nele. Do Paulinho eu já falei e não quero falar de novo.
O Brasil não foi bem, é verdade. Mas o melhor jogador em campo foi o Ochoa, goleiro do México.(Fonte: aqui).
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O lado bom do jogo é que representou um banho de humildade. Oba oba em demasia, quando o time não está essas coisas, não é bom negócio. Tomara que agora o Felipão promova as mudanças necessárias. O Brasil precisa melhorar, e muito. Mas o Ochoa foi, de fato, verdadeira muralha.
Clique AQUI para ler: "Para Kupfer, repórter Zé da Copa, a bola agora está com Felipão".
terça-feira, 17 de junho de 2014
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