Papa reafirma importância do trabalho com dignidade
Da Agência Ecclesia
O Papa Francisco reafirmou hoje a sua preocupação com as consequências do desemprego, numa mensagem publicada através da rede social Twitter.
“Como gostaria de ver toda a gente com um trabalho decente! É uma realidade essencial para a dignidade humana”, refere o texto publicado na conta ‘@pontifex’, com mais de 13 milhões de seguidores em nove línguas, incluindo o português.
Este tema tem sido uma das preocupações recorrentes do Papa, que a 28 de maio dirigiu uma mensagem ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, afirmando que a comunidade internacional se deve empenhar para criar “mais oportunidades de emprego”.
“O desemprego está a alargar dramaticamente as fronteiras da pobreza”, realçou Francisco, para quem o problema é “particularmente desanimador” para os jovens que ficam fora do mercado de trabalho e podem “muito facilmente ficar desmoralizados” e perder a sua “noção de valor, sentindo-se alienados da sociedade”.
Dois dias antes, no regresso ao Vaticano após a viagem à Terra Santa, o Papa disse aos jornalistas que o desemprego é “grave”.
“Num verdadeiro sistema econômico, no centro devem estar o homem e a mulher, a pessoa humana. E hoje, no centro, está o dinheiro”, advertiu.
Francisco referiu-se em particular à geração «nem… nem…», jovens que “nem estudam nem trabalham”.
“Isto é gravíssimo! Descarta-se uma geração de jovens”, lamentou, antes de reforçar as suas críticas a um “sistema econômico desumano”, que “mata”, como tinha dito na exortação apostólica ‘Evangelii gaudium’ (A alegria do Evangelho).
No último dia 16, perante os participantes no congresso eclesial da Diocese de Roma, o Papa recordou os 75 milhões de jovens “nesta civilização europeia, jovens com menos de 25 anos”, que não têm um trabalho.
“Esta civilização deixa-os órfãos”, lamentou.
O tema esteve presente na viagem do Papa a Assis, Itália, em outubro de 2013, quando visitou o local onde São Francisco se despojou de todas as suas posses, para evocar as pessoas que foram “despojadas por este mundo selvagem que não dá trabalho, que não ajuda”.
“Não importa se há crianças a morrer de fome, não importa se tantas famílias não têm o que comer, não têm a dignidade de levar pão para casa; não importa se tanta gente tem de fugir da escravidão, da fome e fugir”, lamentou Francisco. (Fonte: aqui).
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Enquanto isso, no Brasil, observa-se o seguinte:
"O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede a geração de postos de trabalho com carteira assinada no País, registrou a criação de 58.836 vagas em maio, (número) que representa crescimento 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O número é o saldo entre 1,849 milhão de admissões e 1,790 milhão de desligamentos em maio, informou nesta terça-feira (24) o Ministério do Trabalho e Emprego (M.TE).
Com o resultado de maio, a geração de empregos formais no governo Dilma Rousseff superou a marca de 5 milhões. 'No período de janeiro de 2011 a maio de 2014, ocorreu um crescimento de 11,47% na geração de postos formais de trabalho alcançando 5.052.710 empregos criados, uma média mensal de geração de 123.237 postos de trabalho com carteira assinada', informou o ministério.
O Caged revela também que no acumulado do ano (janeiro a maio) houve expansão de 1,34% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 543.231 postos de trabalho. Se considerados os últimos 12 meses, o aumento foi de 867.423 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,15%. Com relação a maio do ano passado, no entanto, o saldo de maio significa uma queda de 18,3%.
Trajetória positiva no cenário mundial
Os dados foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que destacou a média de empregos gerados mensalmente no Brasil. “Nós atingimos cinco milhões de empregos no atual governo e vamos continuar gerando novos postos de trabalho. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil empregos. Mesmo com a falta de empregos no mundo, o Brasil continua sua trajetória positiva de geração de postos de trabalho”, ressaltou.
A geração de 5.052.710 no período de 2011 a 2014 demonstrado pelo Caged foi resultado originado da expansão generalizada dos vários setores de atividades econômicas, com destaque para os setores de Serviços (+2.554.078 postos), seguido do Comércio (+1.140.983 postos), da Construção Civil (+580.023 postos) e da Indústria de Transformação (+510.544 postos). (...)."
(Para continuar, clique AQUI).
Mas cumpre notar que, enquanto a grande imprensa destaca tão somente a criação de empregos formais em maio, considerando pífia a expansão, sem levar em conta o estoque criado e a conjuntura internacional de crise, a situação de quase pleno emprego está sendo, digamos, questionada: economistas prestigiados pela oposição sustentam que "algum desemprego" é necessário para conter a demanda, inibindo a pressão sobre os preços e segurando a inflação...
Ou seja, na União Europeia repudia-se a austeridade - que impõe a realidade de desemprego e desespero lamentada pelo Papa -; no Brasil, minimiza-se a criação de empregos formais em maio e ignora-se a notável permormance apresentada a partir de 2011, com a agravante do anúncio da necessidade de "algum desemprego", sem que isso motive qualquer repulsa por parte de analistas políticos e econômicos.
"O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede a geração de postos de trabalho com carteira assinada no País, registrou a criação de 58.836 vagas em maio, (número) que representa crescimento 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O número é o saldo entre 1,849 milhão de admissões e 1,790 milhão de desligamentos em maio, informou nesta terça-feira (24) o Ministério do Trabalho e Emprego (M.TE).
Com o resultado de maio, a geração de empregos formais no governo Dilma Rousseff superou a marca de 5 milhões. 'No período de janeiro de 2011 a maio de 2014, ocorreu um crescimento de 11,47% na geração de postos formais de trabalho alcançando 5.052.710 empregos criados, uma média mensal de geração de 123.237 postos de trabalho com carteira assinada', informou o ministério.
O Caged revela também que no acumulado do ano (janeiro a maio) houve expansão de 1,34% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 543.231 postos de trabalho. Se considerados os últimos 12 meses, o aumento foi de 867.423 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,15%. Com relação a maio do ano passado, no entanto, o saldo de maio significa uma queda de 18,3%.
Trajetória positiva no cenário mundial
Os dados foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que destacou a média de empregos gerados mensalmente no Brasil. “Nós atingimos cinco milhões de empregos no atual governo e vamos continuar gerando novos postos de trabalho. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil empregos. Mesmo com a falta de empregos no mundo, o Brasil continua sua trajetória positiva de geração de postos de trabalho”, ressaltou.
A geração de 5.052.710 no período de 2011 a 2014 demonstrado pelo Caged foi resultado originado da expansão generalizada dos vários setores de atividades econômicas, com destaque para os setores de Serviços (+2.554.078 postos), seguido do Comércio (+1.140.983 postos), da Construção Civil (+580.023 postos) e da Indústria de Transformação (+510.544 postos). (...)."
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Mas cumpre notar que, enquanto a grande imprensa destaca tão somente a criação de empregos formais em maio, considerando pífia a expansão, sem levar em conta o estoque criado e a conjuntura internacional de crise, a situação de quase pleno emprego está sendo, digamos, questionada: economistas prestigiados pela oposição sustentam que "algum desemprego" é necessário para conter a demanda, inibindo a pressão sobre os preços e segurando a inflação...
Ou seja, na União Europeia repudia-se a austeridade - que impõe a realidade de desemprego e desespero lamentada pelo Papa -; no Brasil, minimiza-se a criação de empregos formais em maio e ignora-se a notável permormance apresentada a partir de 2011, com a agravante do anúncio da necessidade de "algum desemprego", sem que isso motive qualquer repulsa por parte de analistas políticos e econômicos.
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