domingo, 15 de junho de 2014
COPA 2014: OS PRIMEIROS DIAS
Festa latina na Copa 2014: soy loco por ti, Brasil!
A América Latina se encontra e festeja no Brasil da Copa do Mundo 2014. A integração se materializou e está à vista de todos, ao vivo, nas arenas do Mundial e ruas das cidades-sede, ou pelas mídias eletrônicas e de papel. Não há como não ver. É uma alegria colorida, tropical, quente. Em milhões de selfies, filmes e mensagens, os milhares de torcedores de língua espanhola que têm se misturado aos brasileiros na lotação, sem exceção, de todas as arenas de jogos protagonizam um espetáculo que ajuda a explicar por que fazer uma Copa do Mundo é um bom negócio para um país como o Brasil.
De modo natural, por suas dimensões e acolhida, o Brasil está se mostrando a maior, mais vistosa e, também, acrescente-se, mais segura casa de todos os latino-americanos – e dando-lhes muita sorte.
Tirante o Uruguai, que perdeu por 3 a 1 para a Costa Rica, de mesma língua no Caribe, os dois sul-americanos que entraram em campo até o sábado 14 venceram suas partidas de estreia. Com shows. O Chile bateu a Austrália por 3 a 1, em Cuiabá, levantando a expressiva torcida nacional. Os chilenos 'invadiram' o Brasil por todos os meios de locomoção, de kombis a boings, fazendo viagens de uma semana de duração ou pouco mais de duas horas de voo.
A arena Pantanal, talvez a mais criticada de todas as construídas para o Mundial, cumpriu máxima lotação.
Em Belo Horizonte, os tricolores colombianos dominaram o Mineirão de azul, amarelo e vermelho. Três a zero sobre a Grécia corresponderam a uma festa que tomou a madrugada nos muitos bares e restaurantes da capital mineira.
Em Natal, debaixo de uma torrente que inundou a cidade, a arena Dunas mostrou, como muitos não esperavam, um gramado de drenagem perfeita num disputado México e Camarões. Os ruidosos mexicanos de grande torcida arrancaram uma vitória muito buscada, de um a zero. Se não houve espaço para festa fora do estádio, em razão da tragédia provocada pelas chuvas, o que se viu foi uma estrutura que passou num duro teste.
Em Brasília, onde sua seleção enfrenta neste domingo a Suíça, no Mané Garricha, os equatorianos tomaram conta dos setores de diversões da capital federal. Abriu-se, nesta visita, uma nova corrente de turismo, como tantas outras vão se criando com a presença das 31 delegações estrangeiras no Brasil. Não há dúvida, neste momento em que a Copa não apresentou nenhum grande incidente até aqui, ao contrário, tem sido um sucesso de público e crítica, com muitos gols, que vai-se provando que foi sim um ótimo (negócio) organizar o Mundial.
A exceção na festa dos países do continente americano foi o Uruguai, que perdeu em Fortaleza para um adversário centro-americano, a Costa Rica de futebol rápido e objetivo. A vitória de virada por 3 a 1 foi emendada por grande festa em um dos principais cartões postais do Nordeste.
Em São Paulo, numa festa que se estendeu por toda a cidade, que está com mais de 80% de lotação em sua rede hoteleira, com forte reflexos no comércio, os brasileiros, junto a torcidas de diferentes países, fizeram a festa na abertura do Mundial. Os 3 a 1 do Brasil sobre a Croácia suavizaram o ambiente de tensão pré-Copa, de resto com a maior cidade do País exibindo um eficiente, até aqui, esquema de segurança.
A integração da América Latina no Brasil vai se completar neste domingo, quando, no gramado globalmente famoso do Maracanã, a Argentina entrar em campo contra a Bósnia. Enquanto Lionel Messi é o número dez que pretende liderar a equipe de estrelas de azul e branco, ninguém menos que Diego Maradona é o El Diez da torcida. Ele é a figura mais proeminente de uma legião de "hermanos" que ocupa o Rio de Janeiro com o amor e o entusiasmo que sempre dedicou à cidade.
Se uma primeira rodada de Copa do Mundo pudesse ser encomendada para sublinhar a integração latino-americano e o fortalecimento do Brasil neste contexto, não seria melhor que essa que se completa no domingo 15. Bastará a Argentina confirmar seu favoritismo para que um uníssono em espanhol possa gritar: 'Soy loco por ti, Brasil". (Fonte: aqui).
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Que a Copa siga essa boa dinâmica.
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