domingo, 22 de setembro de 2013

DOIS TÓPICOS REAIS COM CARA DE FICÇÃO


De Maurício Dias, na CartaCapital  ( aqui):

"FHC e a ditabranda 

Fernando Henrique Cardoso escreveu o discurso de posse na Academia Brasileira de Letras sem receio de, no futuro, pedir que seja esquecido o que disse no passado.

Após lembrar, orgulhoso, de ter-se dedicado “com denodo” ao estudo do “autoritarismo”, sapecou a afirmação: “Pelo menos, no Brasil, não houve fascismo e, se a forma de governo foi repressiva, não aboliu os partidos políticos...”

O Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, dissolveu todos os partidos políticos existentes no País. E não foi por engano. É um esforço intelectual para transformar pesadelo em sonho brando. Ou seja, ditadura em ditabranda."

(Comentário deste blog: sem comentário).

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"Placa da vaidade

Helenita Acioli mandou trocar, de novo, a placa do veículo 001 da Procuradoria-Geral da República. Nos poucos dias de interinidade, ela mudou a referência de gênero sobre quem transitava no carro: Procuradora-Geral.

Se ela não tirasse, o novo procurador-geral, Rodrigo Janot, pretendia manter a placa que Helenita mandara confeccionar. Usaria a ironia para cutucar a vaidade.

(Comentário deste blog: o texto acima é o original, na íntegra. A procuradora, ao fazer as vezes de procuradora-geral no período entre a saída de Roberto Gusmão e a posse do novo titular Rodrigo Janot, mandou alterar a placa do veículo privativo do PGR: tinha de ser "Procuradora-geral"!!! É impressionante, tão impressionante que, se algum escritor apresentasse um conto ou algo da espécie relatando uma particularidade dessa ordem, o crítico, torcendo o nariz, o mandaria plantar batatas: "Vai ser irrealista assim no raio que te parta, ô mané!!")."

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