O Canadá se retirou do Protocolo de Kyoto sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa, declarou o ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent, após a conferência da ONU sobre o aquecimento global encerrada no domingo em Durban, África do Sul.
Segundo o ministro canadense, "Kyoto não é o caminho para uma solução global para a mudança climática, e sim um impedimento".
"Acreditamos que o caminho para se avançar passa por um novo acordo, com compromissos legais vinculantes para todos os maiores emissores que nos permita, como país, seguir gerando empregos e crescimento econômico".
Kent também assinalou que a saída do Protocolo de Kyoto evitará grandes impactos sobre a economia canadense: "Atingir os objetivos de Kyoto em 2012 seria o equivalente a tirar cada carro, caminhão, trator, ambulância, patrulha da polícia ou qualquer outro tipo de veículo das ruas canadenses, ou fechar todo o setor agropecuário ou até cortar a calefação em cada residência, escritório, hospital, fábrica e prédio no Canadá". (...)
O Protocolo de Kyoto, fechado em 1997, é o único tratado global que fixa reduções de emissões globais de carbono. Mas as reduções fixadas afetam exclusivamente os países ricos, com exceção dos Estados Unidos, que não é signatário do acordo, o que também ocorre com grandes emergentes como China e Índia.
Sob o Protocolo de Kyoto, o Canadá concordou em reduzir até 2012 suas emissões de carbono a 6% menos que os níveis registrados em 1990, mas, em vez disso, suas emissões aumentaram consideravelmente. (...)
Os representantes de cerca de 190 países aprovaram no domingo na conferência da ONU sobre o clima de Durban um mapa do caminho para um acordo global em 2015 destinado a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Se for aprovado em 2015, o acordo entrará em vigor em 2020 e se tornará a primeira arma na luta contra a mudança climática. (Fonte: France Presse).
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Para começar, muitos sustentam que o chamado desaquecimento global é balela. O Protocolo de Kyoto vem sendo um quase fiasco, face à ausência de grandes potências, como EUA. Países pobres e ou em desenvolvimento, por sua vez, garantem que por trás de Kyoto residem os maus propósitos dos grandes, que ora exigem sacrifícios por parte dos pobres, mas só agora, quando devastaram impunemente o meio ambiente ao longo de décadas, acumulando riqueza e poder. Há quem veja o futuro ambiental com otimismo, há quem, além de se preocupar, está mesmo é apreensivo.
Charge: Jorge Braga.
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