quarta-feira, 19 de agosto de 2009

LÁ E CÁ


Lá, LINA Vieira, que, enrolada, afirma ter feito um belo e incisivo poema, mas que o esqueceu, e também diz não lembrar dia e ano em que o elaborou.

'Pô, poeta LINA Vieira, nem o título?!'

'Juro: nem o título. Mas fiz, sim, um belo e incisivo poema'. (Pano rápido).

Cá, Cora CoraLINA, poeta goiana, 1889/1985:


'(...)

Remove pedras e planta roseiras e faz doces.

Recomeça.

Faz de tua vida mesquinha um poema.

E viverás no coração dos jovens

e na memória das gerações que hão de vir.

Esta fonte é para uso de todos os sedentos.

Toma a tua parte

vem a estas páginas

e não entraves seu uso

aos que têm sede'

(Cora CoraLINA, outubro 1981).

A Cora mata a cobra e mostra o poema!
('Mas, rebate a grande mídia: a Lina Vieira foi tão consistente! A atitude dela, firme, foi, antes de tudo, poética, merecedora do crédito que só as almas mais sensíveis são capazes de oferecer').

3 comentários:

Don Suelda disse...

Dodó;

Cora Coralina, grande, enorme poeta! Baseado nela, criei uma poeta no meu blog: Nora Drenalina.

Qui! Qui!

Solda

Dodó Macedo disse...

Doceira maravilhosa! De quando em vez saboreio poemaços. Nora Drenalina, rá!
Abração, Soruda - e tchau, que agora eu vou ler o blog do Solda.
Dodó.

Laura Macedo disse...

Imaginem se Cora Coralina não tivesse cursado apenas até a terceira série do antigo primário...
O importante é que essa grande doceira e escritora nunca perdeu a doçura da alma...

Beijos açucarados.
Laurinha.