Pela primeira vez na história, o índice de Gini passa a situar-se abaixo de 0,5. Para ser exato, segundo o IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o índice ficou em 0,493, no mês de junho, à vista de pesquisa em seis regiões metropolitanas.
Quanto menor o Gini, melhor a distribuição de renda.
De janeiro a junho, 4 milhões de brasileiros saíram da faixa de miséria. Fruto das medidas adotadas pelo governo brasileiro no combate às desigualdades (Bolsa Família, Salário Mínimo etc), da desoneração fiscal (montadoras, linha branca), da ampliação do crédito (encostando em 45% do PIB não obstante o baixo empenho dos bancos privados) e da política de comércio exterior (expansão das parcerias comerciais).
A grande imprensa, Globo à frente, atribuiu a evolução do Gini à crise internacional, que teria afetado tão-somente o topo da pirâmide social do Brasil (?!!!). E ficou nisso. Nenhuma palavra sobre a estratégia governamental.
O Brasil se defronta com mazelas diversas, é um país de desníveis absurdos, apresenta indicadores ainda vergonhosos. Fazer vistas grossas a seus modestos avanços, porém, é idiotice.
De qualquer modo, é a primeira vez que, entre as várias crises brasileiras, os pobres e miseráveis, contumazes sacos de pancada, não veem sua situação agravada. É grande mérito? Eu acho.
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