sábado, 9 de maio de 2020

DO AMOR À PRIMEIRA VISTA

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É para valer a guerra por uma indicação a ministro do Supremo. Há duas vagas em perspectiva, com a aposentadoria do decano Celso de Mello e, no próximo ano, de Marco Aurélio Mello. Ministro André Mendonça, Thompson Flores (TRF-4; mais uns três do citado tribunal), juiz Bretas e outros mais se esmeram em aparecer bem aos olhos do presidente. Nesse sentido, o ministro João Otávio (vide abaixo) entrou com pompa e circunstância na disputa, que se acirrou a partir do descarte do senhor Sérgio Moro (episódio que, estima-se, ainda tem, eventualmente, muito a render).

(Ministro João Otávio de
Noronha, por Spacca).

Como informou neste sábado 9/V o Conversa Afiada, o ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), livrou Jair Bolsonaro da obrigação de divulgar os laudos de todos os seus exames para Covid-19, sob o argumento de proteger "a sua intimidade e privacidade, direitos civis sem os quais não haveria estrutura mínima sobre a qual se fundar o Estado Democrático de Direito”.
Em 29/IV, durante a cerimônia de posse de André Mendonça como ministro da Justiça e de José Levi como advogado-geral da União, Bolsonaro descreveu sua relação com o presidente do STJ como "amor à primeira vista" e disse que as conversas com o ministro o ajudam a formar opinião sobre o Judiciário.
"Prezado Noronha, permita-me fazer assim, presidente do STJ. Eu confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com Vossa Excelência. Temos conversado com não muita persistência, mas as poucas conversas que temos o senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário. Muito obrigado a Vossa Excelência", disse Bolsonaro naquela oportunidade.  -  (Conversa Afiada - Aqui).

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