sábado, 16 de maio de 2020

A REUNIÃO FATÍDICA E O REPTO DE GUEDES


"Vamos vender logo a porra do Banco do Brasil!"





(De Paulo Guedes, ministro da Economia, na fatídica reunião ministerial de 22 de abril, conforme se vê Aqui. 

O ministro se dizia indignado em face de o banco vir fazendo corpo mole no que tange à assistência creditória às empresas - com dinheiro originário de repasses do governo -, além de reclamar do atraso tecnológico que o vem deixando em situação desconfortável frente à concorrência. 

É notório que de há muito a privatização do BB - empresa de economia mista - é obsessão de Guedes e parceiros. Desde a campanha eleitoral que isso vem sendo anunciado, como revelou em palestra proferida nos EUA. A preocupação geral, aliás, é fortalecer a imagem de que o banco é 'desnecessário' ao país, por isso é que não nos causam estranheza acusações de 'corpo mole operacional' ou o fato de o governo - com o aplauso da própria direção atual do banco - haver descartado o BB na distribuição do auxílio emergencial em curso, mobilizando tão somente a Caixa, a despeito dos vergonhosos transtornos impostos a milhões de brasileiros. 

Já que privatizar o banco de uma tacada e na bacia das almas da crise é tarefa difícil, a alternativa será 'esquartejá-lo', entregando subsidiárias lucrativas a grupos nacionais ou estrangeiros, 'preservando' a carcaça do 'BB estatal'. Não à toa o atual governo obteve carta branca do STF para vender subsidiárias independentemente de autorização do Congresso Nacional.

Ontem, 15, Guedes bradou ao Congresso, cobrando veto a permissão de reajuste a servidores públicos: "NÃO ASSALTEM O BRASIL!". Guedes finge não saber distinguir 'aumento salarial' de 'reajuste salarial'. 
Assaltar o Brasil, mesmo, será entregar o BB à sanha privacionista, mandando para o espaço um banco com estrutura capilarizada e moldado para embasar e embalar políticas públicas desenvolvimentistas). 

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