terça-feira, 2 de outubro de 2018
OLHO NO VÍDEO
Olho no Vídeo
.Giro das Onze ................ AQUI.
(Leonardo Attuch e Mauro Lopes comentam os mais recentes acontecimentos).
OBSERVAÇÕES deste blog:
.Não se tente minimizar o impacto da 'delação' do ex-ministro Palocci, arma política esgrimida pelo juiz de base. Dizer que se trata de café requentado (e é), que nem sequer foi aceita pelo MPF (de fato), que, para sua aceitação, tiveram de 'alterar' a jurisprudência, de modo a que a Polícia Federal passasse a ter a prerrogativa de também decidir sobre propostas de delação (como aconteceu justamente com a 'delação' em tela), que a 'delação' carece de provas, restando, portanto, desatendida a recomendação do senhor Gebran Neto, desembargador do TRF4, consistente em que ao juiz de base competiria, de posse das peças processuais, cuidar no sentido de que às alegações formuladas pelo 'delator' fossem juntadas as devidas PROVAS (particularidade que não mereceu a atenção do juiz de base)... nada disso exercerá influência sobre a questão IMPACTO, visto que:
(a) a Globo já inicia seus relatos (ou o mesmo relato, pois em cada telejornal simplesmente o repete) indo direto ao ponto, ou seja, destaca o texto em close e procede à leitura. E assim segue, destaque a destaque, folha a folha. E quanto às ressalvas? Ficam para o final, num resumo da Globo sobre as palavras dos 'acusados', quero dizer, dos 'acusados' que se dispuseram a manifestar-se sobre o assunto à Globo. É algo a posteriori, algo "à parte";
(b) o que importa, para o impacto junto ao eleitor médio? A acusação em si, e isso já aconteceu: ele ouviu as palavras lidas pela emissora. Ah, mas há as ressalvas! E daí, qual a importância delas, se a emissora não as 'contextualizou'? A constatação inevitável é: foi dado o recado, ponto;
(c) mas uma coisa é 'delação', mesmo entre aspas, como a do ex-ministro, outra coisa é a denúncia, e outra coisa é a condenação! Negativo. No Brasil dos últimos tempos, basta a simples INVESTIGAÇÃO. Fulano está sendo investigado! Isso basta. Ou alguém esqueceu o que foi visto na sabatina de Fernando Haddad tão logo ele foi confirmado como substituto do ex-presidente na candidatura presidencial? A certa altura, o candidato argumentou: "Mas esse caso ainda está sob investigação." Ao que o entrevistador Bonner devolveu mais ou menos assim: "Mas, candidato, a simples investigação já é sintomática!". Dito isto, imagine o impacto produzido pela leitura de um documento em close global sobre um habitante do interior do meu querido Piauí, quase todo ele coberto pela Globo e parceiras!
O todo-poderoso, como ninguém, manja de Maquiavel. Não dá ponto sem nó. Sob aplausos, claro.
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