sábado, 27 de outubro de 2018

SEGUEM-SE AS ADESÕES A HADDAD


Rodrigo Janot, ex-Procurador-geral da República e ex-condutor da Operação Lava Jato, declarou apoio a Fernando Haddad. Antes, o ex-ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF e relator da Ação Penal 470 ('mensalão'), já o fizera. 

Mas, por que razão isso aconteceu? Por que Janot se disse compelido a agir por exclusão e o ex-ministro afirmou que sente medo de Jair Bolsonaro? Teriam os citados cidadãos acompanhado as seguidas demonstrações de apreço do candidato à violência? Teriam eles se inteirado das palavras dirigidas pelo líder das pesquisas a seus seguidores na manifestação do último domingo, em São Paulo, consistentes em 'mandar os marginais vermelhos para o aeroporto ou para a cadeia, SEM FOLHA DE SÃO PAULO'? Teriam eles tomado conhecimento da apologia à tortura?

As indagações decorrem do tratamento dispensado por emissoras de TV aos candidatos nas reportagens de 'fechamento' da campanha: enquanto o SBT, por exemplo, destacou prós e contras de Haddad (qualificação; processo judicial com foco nas ciclovias, já explicitado pelo candidato em outras oportunidades) e Bolsonaro (determinação; atuação pífia como deputado federal; agressão verbal a deputada quanto a estupro), a Globo simplesmente omitiu qualquer referência a posturas desabonadoras, exatamente aquelas que talvez tenham causado estupefação a Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa - bem assim a tantos outros cidadãos daqui e do exterior. Aliás, presentes as referências malévolas sobre a Folha, vale registrar que nem sequer uma alusão à liberdade de expressão a emissora se dispôs a fazer.

Relativamente ao candidato Bolsonaro, para o público que acompanha o JN ressalta, ao fim e ao cabo, tão somente a promessa de combate à corrupção. Mais virtuosismo, impossível.

(Mais adesões a Haddad aqui).

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