sábado, 29 de dezembro de 2012

PIBS: PERSPECTIVAS


Brasil será 5ª maior economia em 2022, prevê consultoria

O Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2022. Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo britânico Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) mostra que, além de os brasileiros e outros emergentes avançarem no ranking, todos os grandes países europeus perderão postos nos próximos dez anos. Com isso, em uma década, o grupo das cinco maiores potências econômicas globais não contará com nenhum europeu. Hoje, Alemanha e França estão na lista.

Segundo o estudo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve saltar em termos nominais e em dólar 92% em uma década, dos US$ 2,282 trilhões previstos para 2012 para os US$ 4,389 trilhões esperados para 2022. Com isso, o País deve chegar a 2022 como quinta potência econômica do mundo, ultrapassando Reino Unido, França e Alemanha.

O crescimento do Brasil, porém, parece pequeno perto da expectativa de avanço da Índia. O levantamento do CEBR prevê crescimento nominal em dólares de 169% no mesmo período, o que deve fazer o PIB indiano saltar de US$ 1,83 trilhão para US$ 4,93 trilhões em dez anos. Com esse desempenho, o parceiro brasileiro no Brics (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deve ganhar seis posições no ranking e atingir o posto de quarta economia do mundo em 2022.

Nessa mesma base de comparação, o PIB da China vai crescer 136%, o que aproxima cada vez mais o país asiático do primeiro lugar do ranking, que seguirá com os Estados Unidos. Outro emergente, a Rússia, também terá desempenho melhor que o do Brasil, com crescimento nominal previsto de 117% em dez anos, o que deve levar os russos do atual nono posto para o sétimo lugar - muito perto da Alemanha. Assim, os dois países terão tamanhos econômicos muito semelhantes em uma década, o que pode fazer com que o título de maior economia da Europa ocidental saia das mãos dos alemães e passe aos russos.

Ao contrário da escalada dos emergentes, países europeus devem perder posições importantes nos próximos anos. Segundo a pesquisa, a Alemanha deve cair de 4ª para 6ª potência, o Reino Unido recuará de 6º para 8º lugar, a França passa de 5º para 9º, a Itália cairá de 8º para 13º e a Espanha passará de 13º para 17º na lista das maiores economias.

"Em 2017, o PIB indiano deverá ultrapassar a do Reino Unido, o que fará com que a Índia tenha a maior economia do Commonwealth (comunidade de nações originadas no Império Britânico)", diz o diretor-executivo do CEBR, Douglas McWilliams.

O responsável pela pesquisa, no entanto, nota que o Reino Unido não ficará alheio a tudo isso e reagirá. "Vamos bater outros países. Como efeito da política fiscal do presidente François Hollande e as dificuldades do euro, estamos prestes a superar a França em 2013 ou 2014", diz o executivo inglês, ao reavivar a velha disputa dos dois lados do Canal da Mancha entre britânicos e franceses. (Fonte: aqui).

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A perspectiva é positiva para o Brasil. Pelo visto, o britânico centro de pesquisas elaborador do estudo não tem ligação com a turma da The Economist e do Financial Times...
Quanto à zona do euro, convém lembrar a velha e sábia lição de Stephen Kanitz: a realidade e as perspectivas podem ser negativas, mas a antevisão só se concretizará se nada for feito para modificá-la. Afinal, quem pode garantir que o neoliberalismo vai reinar em determinados países até o caos total?!

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