quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CANSEI VOLTA À CARGA


Protesto chique em SP lembra fracasso do “Cansei”

Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar "contra tudo o que está aí". Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
 
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
 
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
 
Era a mesma turma chique do "Cansei", um "movimento cívico" criado em julho de 2007, para protestar contra o "caos aéreo", pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
 
De outro líder do "Cansei", o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal "Valor":
"Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado".
 
O Piauí ainda existe, vai bem e cresce, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.
 
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophyr Cavalcanti (quem?), o novo Álvaro Dias da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
 
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. "O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo".
 
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.
 

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