sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PROTEGENDO A EXORBITÂNCIA


Reportando-se à elevação do IPI sobre veículos importados adotada ontem pelo governo, um amigo, de acurado senso, observa: "No momento em que o mercado nacional de veículos começa a forçar a baixa de preços para, pelo menos, ficar um pouco mais próximo do mercado internacional, o governo brasileiro repete o que sempre fez: protege a indústria lobista local, que mantém preços absurdos e lucros altíssimos. (...)"
 
De fato, os ganhos das montadoras ultrapassam o triplo do auferido pelo mercado exterior, realidade absurdíssima. Sem contar que a elevação do imposto ontem decretada tem alcance limitado, visto que "A maior parte dos carros estrangeiros vendidos no Brasil vem da Argentina e do México, trazidos pelas montadoras que têm fábrica no Brasil, e portanto não pagam imposto de importação de 35% e também estão livres da nova alíquota de IPI, anunciada ontem pelo governo." (UOL Carros).
 
A circunstância atenuante (!!) é a de que os gordos lucros das montadoras vêm de décadas, e não seria agora, em plena fogueira da crise mundial, que se iria erradicá-los - sem contar que China e Coreia, ao que consta, não baixaram tanto assim os preços aqui praticados.

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