sexta-feira, 20 de maio de 2011

O NORDESTE NA THE ECONOMIST


Nordeste diminui diferenças em relação ao "próspero sul"

Por Sandro Araujo

Em artigo publicado na edição desta semana, a revista (inglesa) The Economist narra a evolução da região nordeste, enfatizando que “A região mais pobre do país está diminuindo a distância com o próspero sul”.

O texto cita reportagem de 1983 do Jornal do Brasil, que na época cobria a seca que assolava o nordeste do país, na qual nordestinos foram encontrados alimentando-se de ratos e calangos.

Segundo a The Economist, recentemente o nordeste tem se tornado uma região de destaque no País. A taxa de crescimento do PIB da região subiu em média 4,2% ao ano na década passada, enquanto o país cresceu 3,6%.

O Bolsa Família, programa do Governo Federal, teria sido importante mas, segundo Marcelo Neri, pesquisador da FGV, outras políticas públicas (também) teriam ajudado. De fato, três quartos do crescimento da renda teriam ocorrido a partir de 2003, ano da posse de Lula na Presidência.

Esse aumento no poder aquisitivo estaria atraindo diversas empresas para a região, como a Kraft Foods, que abriu sua primeira fábrica no nordeste, e o Pão de Açúcar, que está ampliando sua rede.

A construção da rodovia transnordestina, ligando Recife/Porto de Suape a Eliseu Martins (PI), com um braço até Fortaleza/Porto de Pecém, é citada como investimento que tende a puxar o desenvolvimento da região.

Segundo a The Economist, o maior risco para a região é a deficiência da educação: “As grandes empresas estão treinando os trabalhadores (de) que necessitam. Mas o nordeste gasta menos em escolas que a média nacional, e possui professores mais fracos. Para que a próxima geração obtenha benefício do que está sendo construindo agora, as escolas da região precisam de um ‘upgrade‘ também”.

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