sábado, 28 de maio de 2011

KEATON, O HOMEM QUE NÃO RIA


Buster Keaton
4/10/1895, Piqua, EUA.
1/2/1966, Los Angeles, EUA.


Joseph Francis K. Keaton foi um cômico popular do cinema mudo. Mesmo nas situações mais constrangedoras, não se descontrolava, e por isso o público o chamava de "o homem que nunca ri". Trabalhou em filmes como Nossa Hospitalidade (1923), A General (1927) e Marujo de Encomenda (1928). Quando encenava com máquinas incontroláveis, deixava transparecer uma certa melancolia. No cinema sonoro, interpretou papéis secundários como em Crepúsculo dos Deuses (1949), de Billy Wilder, e Luzes da Ribalta, de Charles Chaplin.

Diz a tradição que o famoso mágico Harry Houdini, vendo o bebê de seis meses de seu parceiro Joseph Keaton cair da escada sem um arranhão, batizou-o de "Buster" (o destruidor). Keaton e Houdini eram donos de um teatro de "vaudeville" que se apresentava de cidade em cidade. Buster Keaton cresceu fazendo números cômicos com seus pais. Tornou-se um ator de muitos recursos e de impressionante presença cênica.

Aos 21 anos de idade, com o encerramento da carreira de seu pai, que se tornara alcoólatra, Buster Keaton rendeu-se à atração que tinha pelo cinema e mudou-se para Nova York. Lá, encontrou um antigo companheiro, o ator Roscoe "Fatty" Arbuckle, que o convidou para trabalhar com ele no filme "The Butcher Boy" (o Menino Açougueiro). A dupla cômica fez um sucesso tão grande que logo foi convidada para estrelar uma sucessão de onze comédias. Keaton passou a escrever seus próprios esquetes e trabalhar como assistente de direção nos filmes de que participava. Logo passou a escrever seus próprios filmes.

Em 1928 Keaton vendeu seu estúdio de produção para a MGM - o que ele consideraria mais tarde seu maior erro. Obrigado a adaptar-se ao esquema de produção de um grande estúdio e trabalhando como assalariado, Keaton envolveu-se com o álcool, assim como o pai.

Keaton passou a década de 1930 em relativa obscuridade, escrevendo "gags" para vários filmes, inclusive alguns dos Irmãos Marx, como "Uma Noite na Ópera" e "No Circo". Também fez aparições em filmes como "Crepúsculo dos Deuses", de 1950, e "Mundo Maluco", de 1963.

Um dos momentos mais significativos da sua carreira de ator aconteceu em 1952, quando participou do filme de Charles Chaplin "Luzes da Ribalta". Keaton e Chaplin fazem um número de dez minutos em dueto - em que dois velhos atores de "vaudeville" tentam resgatar os bons tempos.

Nos anos 1950, Keaton estreou duas séries bastante populares para TV: o "Buster Keaton Show", e o "Ao Vivo com Buster Keaton". O ator também chegou a trabalhar em comerciais de TV.

Em 1965, poucos meses antes de sua morte, Buster Keaton protagonizou o único filme realizado pelo teatrólogo Samuel Beckett, chamado simplesmente "Filme". Além de trenzinhos de brinquedo, o que mais atraía Buster Keaton era representar. Foi o que fez até 1966, quando morreu vítima de um câncer no pulmão.

Fonte: Net Saber e http://cinemascopeblog.blogpot.com/ .
Caricatura: Buster Keaton, por João de Deus Netto.

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