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Morre Aldir Blanc, aos 73 anos
Faz lembrar o desabafo feito nos idos de 70 pelo médico e indigenista brasileiro Noel Nutels, diante de atentado contra índios amazônicos: "E nós vamos ficando, a cada dia, mais sozinhos". (A frase nunca nos saiu da mente). Além de notável letrista e boêmio carioca, Aldir Blanc escrevia crônicas deliciosas, abordando temas políticos e o cotidiano do subúrbio em que viveu. Ao longo de anos, lemos suas crônicas no semanário O Pasquim. Grande Blanc.
Morreu nesta segunda-feira (04/V) o compositor Aldir Blanc. O músico, que tinha 73 anos, havia testado positivo para a Covid-19.
Aldir Blanc estava internado desde o dia 10 de abril com problemas respiratórios. Ainda não há informações sobre enterro e velório do compositor, mas, como ele foi vítima de Covid-19, a cerimônia de despedida deve ser rápida e reservada.
Aldir Blanc compôs clássicos como Bala com bala, Mestre-sala dos mares, De frente pro crime e Dois pra lá, dois pra cá. Aldir também e autor de O bêbado e a equilibrista, canção que, na voz de Elis Regina, se tornou um símbolo contra a ditadura militar no Brasil.
Em 18/IV, o jornalista Rodrigo Vianna gravou uma TV Afiada em homenagem ao gênio que hoje se foi. - (Aqui).
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