Quem se surpreendeu ante o conteúdo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril? Quem não sabia das bandeiras defendidas pelos participantes e do que são capazes para alcançar seus objetivos? Talvez só os (como disse o Presidente no 'evento') alienados, alheios aos acontecimentos, tenham ficado perplexos. (Não que isso embote as conclusões externadas por Flávio Dino em "Dino: 'reunião ministerial tem repertório inacreditável de crimes'" - Aqui).
Mas este Blog admite que se surpreendeu ante a, digamos, relativa fragilidade da cena apontada pelo ex-ministro Moro como prova cabal de sua acusação, fato gerador do pedido de divulgação integral (que não aconteceu, por motivos procedentes) do vídeo da citada reunião. A expectativa era de algo bem mais contundente e explícito.
Especular, imaginar intrigas e artificialidades, nada disso soa bem diante de situações assim, porém nos permitimos dizer que, tudo somado (para usar expressão consagrada por competente analista político em passado não tão recente), não parece causar espanto a tese de que a acusação do ex-ministro se insere num projeto de poder bem mais amplo, que extrapolaria ele próprio. (A tese, evidentemente, seria considerada estapafúrdia e até ofensiva por aqueles que até hoje consideram que o ínclito ex-juiz mandou para o espaço 22 anos de magistratura movido tão somente pelo desejo de melhor combater a corrupção).
Mas, voltemos ao tema principal. Conferidas algumas avaliações, elegemos para reprodução o texto abaixo:
"Gabriela Prioli, jornalista da CNN, afirmou que pode se iludir quem acha que a liberação do vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro pode comprometer sua estratégia de comunicação. Ela diz: o discurso dele tem como objetivo engajar a base DELE e isso ele faz isso muito bem. Tem que avaliar as coisas como elas são, não como você gostaria que elas fossem.
Veja o Twitter de Gabriela Prioli:
No mais, vale a pena ler os comentários ao post do Brasil 247 - Aqui -.
Enquanto isso, a pandemia da covid-19 alcança contornos cada vez mais trágicos. Vergonha mundial.
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