sábado, 2 de maio de 2020

GILMAR MENDES: LAVA JATO É A MÃE DO BOLSONARISMO


O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atribuiu aos métodos utilizados na Operação Lava Jato a responsabilidade da ascensão de Jair Bolsonaro (sem partido) à Presidência da República.
Em entrevista ao Timeline, do jornal Zero Hora, na manhã desta sexta-feira (1/V), o ministro deixou clara a sua posição quando comentou a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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Gilmar Mendes,  criticou o papel da mídia corporativa em alimentar “falsos heróis”: "Os meios de comunicação devem fazer uma análise crítica desses fenômenos”.
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Para Mendes, a Lava-Jato é a "mãe do bolsonarismo".
De acordo com o ministro, as escolhas de Moro foram arriscadas, principalmente porque o ex-ministro estava "muito próximo desse movimento político", disse ao se referir ao bolsonarismo.
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Gilmar Mendes também deixa claro que o neofascismo só chegou ao poder ao Brasil porque antes houve um período de autoritarismo judicial com a cumplicidade da mídia.
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Na conversa, Mendes descartou, por ora, o impeachment de Bolsonaro.
"Como o país enfrentaria um impeachment agora? É muito cedo, é preciso aguardar. Neste momento, não há uma insistência, impeachment parece uma palavra banida do vocabulário", pontou.
Critico de Moro, dos procuradores e da Lava Jato, o ministro acredita que o afastamento do presidente, muito discutido durante a pandemia, é uma ampla construção desses anos todos, "uma verbalização que vinha de Curitiba".  -  (Conversa Afiada Aqui -, com trechos de post sobre o mesmo assunto, produzido pelo Brasil 247 - Aqui).

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Este Blog insiste em exercitar a Democracia: todos têm o direito de defender suas ideias e optar pelo partido político que lhes aprouver - desde que nos estritos limites da Constituição da República. É notório o fato de que a Lava Jato, na prática um 'partido político' tacanho e agressor da Carta Magna, contando com o fervoroso apoio de segmentos os mais variados, inspirou tresloucados cultivadores do fascismo, e sem dúvida a figura-mor de tal fenômeno é o poderoso Sergio Moro - que, aliás, nunca deu conta da(s) verdadeira(s) razão(ões) motivadora(s) de sua desistência de 22 anos de magistratura (às vésperas de o Conselho Nacional de Justiça levar a julgamento ONZE reclamações  apresentadas contra o então juiz Moro em face de flagrantes inconstitucionalidades por ele praticadas na condução da Lava Jato, as quais remanesceram após arquivadas cerca de 40 outras), particularidade a que este Blog vem se reportando frequentemente, a exemplo do que se vê Aqui - "Que Prevaleça, Enfim, a Constituição" - e Aqui - "Da Série Letras Vãs Sobre Temas do Momento".

Quanto aos últimos acontecimentos, a impressão que sobressai é a de que o super-herói foi 'aconselhado' a abandonar o barco, sob pena de ser levado de roldão pelo turbilhão que resultará da catástrofe covid-19 em curso. Mas o desafio era hercúleo: ele tinha de arrumar um bom pretexto (e arrumou, efetivamente, um bom motivo), além de sair atirando. Mesmo sabendo que o grupo Bolsonaro não se disporia a revelar tratativas eventualmente feitas com ele num passado recente (pois o grupo estaria se auto incriminando), cuidou de precaver-se mesmo assim, daí ter praticamente 'plantado' em papo com a afilhada deputada Carla Zambelli (impressão que ela externou posteriormente) a já consagrada frase "Prezada, não estou à venda".

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