quinta-feira, 30 de abril de 2020

DA SÉRIE LETRAS VÃS SOBRE TEMAS DO MOMENTO


Uma vez que a Grande TV continua reprisando (duas, três vezes ao dia) a matéria sobre o imbróglio Moro x Bolsonaro - mais especificamente o "Prezada, não estou à venda", dito pelo ex-juiz à deputada Carla Zambelli, de quem ele foi padrinho de casamento -, permitimo-nos alinhar algumas observações e/ou conjecturas:

(1) a insistente divulgação das edificantes palavras acima pela Grande TV está funcionando não só como argumento pró senhor Moro, presentemente, mas poderia ser vista como bandeira a ser hasteada pela equipe que cuidará de eventual campanha eleitoral a ser por ele empreendida no futuro;

(2) as virtuosas palavras do senhor Moro teriam sido proferidas em diálogo ocorrido na véspera do anúncio de sua saída do governo. Após o ex-magistrado haver fornecido à Grande TV as mensagens trocadas com a deputada e 'afilhada' Zambelli, a parlamentar parece haver se dado conta de que poderia ter 'caído' em algo, pontuando: "A frase 'Prezada, não estou à venda' foi 'muito calculada'" - Aqui); 

(3) ora, vale lembrar que, segundo rumores, à época da campanha eleitoral de 2018 o (ainda juiz) senhor Moro teria tido alguns encontros com um importantíssimo emissário de um certo candidato. Especulações as mais estapafúrdias, claro, mas que até a presente data dão o que pensar;

(4) e quais seriam as circunstâncias reinantes nas semanas, meses que antecederam o pedido de exoneração, por parte do senhor Moro, do cargo de juiz federal, após 22 anos de magistratura? É aí que desembocamos na esteira da Lava Jato. A propósito, e para resumir o emaranhado, transcrevemos trecho do post produzido por este Blog no dia 24.04.20, intitulado "Que Prevaleça, Enfim, a Constituição Federal" (Aqui):

"[a] qual o peso que teve sobre o pedido de exoneração do senhor Moro da magistratura a proximidade/inevitabilidade do julgamento, pelo Conselho Nacional de Justiça - sob o novo comando do ministro Dias Toffoli -, de ONZE reclamações sobre inconstitucionalidades flagrantes cometidas por ele, o que poderia resultar em punição severíssima?"

Aduzimos, novamente indagando: Seria 'palatável' um bom cargo no Executivo, ainda mais com a perspectiva - se tudo corresse bem no exercício ministerial - de indicação a um altamente honroso e vitalício cargo em um outro poder, na hora oportuna? (Mas as coisas não correram bem, como se está a ver).

Enquanto isso, a Grande TV continua reprisando (duas, três vezes ao dia) a matéria sobre o imbróglio Moro x Bolsonaro - mais especificamente o "Prezada, não estou à venda"...

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