sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014: A PASSEATA DA CASHMERE


"(...) barões dos negócios e financistas não são conhecidos por tomar as ruas. No entanto, em 22 de outubro milhares deles (foram cerca de 10 mil, segundo os tucanos) acabaram no centro de São Paulo em apoio a Aécio Neves. (...) foi um espetáculo talvez sem precedentes na história das eleições, e não apenas do Brasil.

Vestidos com camisas com iniciais bordadas e bem passadas empunhavam bandeiras de Aécio. Socialites bem vestidas protegidas com pashminas para se proteger do frio fora de época entoavam frases anti-PT.

Todos tiravam selfies com iPhones caros (a maioria das manifestações brasileiras são assuntos para Samsungs mais baratos). A única coisa que faltou nessa 'Revolução da Cashmere' foram as taças de champagne - e o próprio senhor Aécio Neves, que estava em campanha em Minas Gerais.

Os revolucionários de cashmere não parecem incomodados (com o fato de a campanha de Dilma Rousseff afirmar que Aécio Neves é um representante da elite...). Eles estão fartos de intervencionismo de Dilma e muitos avaliam as políticas macroeconômicas como irresponsáveis e responsáveis por levar o Brasil para o baixo crescimento e a alta inflação. A maioria está desesperada para ver Dilma pelas costas."





(Da revista britânica The Economist, que acompanhou a mobilização de eleitores de Aécio Neves anteontem à noite na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, e classificou o movimento como a "Revolução da Cashmere" - em referência à lã macia usada em roupas que não costumam ser baratas. A publicação, registre-se, anunciou, em data anterior, apoio ao candidato, o que não a levou a silenciar sobre o inusitado ato.

Não há informações sobre se o pessoal da revista Veja compareceu à manifestação. Mas, mesmo em espírito, certamente ela estava lá).

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