A Câmara dos EUA acaba de aprovar o pacote de Barack Obama, no valor de US$ 819 bilhões. Com essa dinheirama, o governo americano pretende salvar o seu sistema financeiro, "bichado" em razão da ação predatória de banqueiros e corretores de todos os naipes, que pintaram e bordaram ao longo da gestão Bush (com gestação na era Clinton), ante a total frouxidão de controle por parte do governo, via SEC-Securities and Exchange Comission. Além disso, pretende o governo, com essa providência, fundamentalmente criar empregos e estimular o uso de fontes alternativas de energia.
Na "contramão da história", mas acertando todas, até agora, o economista Nouriel Roubini, o "senhor apocalipse", afirmou hoje mais ou menos o seguinte: depois do rombo das hipotecas (que motivou todo o desastre que aí está), virão: rombo dos fundos hedge, rombo dos imóveis comerciais, rombo das operadoras de cartões, rombo dos empréstimos automotivos, rombo do crédito estudantil e rombo dos bônus corporativos. Ou seja: rombos e sufocos em série.
O que Roubini vaticina diz respeito aos EUA, diretamente, mas o resto do mundo sofre, uns mais, outros menos.
O Brasil parece estar no bloco dos que sofrerão menos. Por que? Um ponto, para exemplificar: enquanto o montante de recursos emprestados pelos bancos dos EUA, União Européia e Japão supera duas, três vezes o PIB de cada país (para se ter uma idéia, o PIB dos EUA ultrapassa US$ 14 trilhões), no Brasil tal relação é de pouco mais de um terço do PIB. Qual a razão? Juros altos, dívida pública elevada (santo Deus!, quem diria que um dia louvaríamos tais elementos?). Outro ponto: diversificação das exportações e ampliação das parcerias comerciais do governo Lula.
01h:00 do dia 29. Boa noite, boa sorte.
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