Em 02.01.09, às 21:18 h, o blog http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ publicou o "Torquato Neto, o cara..." (para ver o texto é preciso clicar no título da matéria). Entre os comentários, destaco:
1. João Batista Linhares - "Nós, daqui de Paupéria, estamos bem longe dos últimos dias (...), aposentando as velhas idéias, abrindo as portas à nova geração do conhecimento livre", estudando, "queimando pestanas" rumo a uma nova era. "Pena que Torquato não possa reescrever nossa odisséia". É isso aí, caro João. Fico imaginando o grande Torquato dispondo da web...
2. Antonio Francisco relembra o tempo em que, em Rio Branco, Acre, os amigos dançavam ao som de "Cajuína", de Caetano: "misteriosa porque a melodia é supersimples, popular, mas a letra é de alta sofisticação vernacular, e filosófica. (...) eu me espantava a cada vez que essa Cajuína era tocada, porque todo mundo ia dançar, e eu me perguntando: será que alguém aí deu uma paradinha para tentar entender a letra?", e diz: "contam que Caetano esteve na terra de Torquato depois que ele morreu", e que Caetano encontrou-se com o pai de Torquato, "e este entregou a ele uma rosa"," não trocaram palavra. Só emoção", concluindo: "Depois desse encontro é que Caetano teria feito Cajuína".
.Informei-o de que o livro de Kenard Kruel confirma tudo o que lhe contaram sobre o advento de "Cajuína".
3. Weden diz que Torquato Neto "foi a face política do movimento tropicalista, desde que não se entenda essa expressão como sinônima de político-partidária", e que "(...) a Geléia Geral era um fundamento, uma 'geléia primordial', que serviria de base para uma nova percepção de mundo, brasileiríssima, ainda que não pelos mecanismos instituicionais comuns". E fecha sua abordagem cuidando da questão do suicídio, de que "Pra dizer adeus" teria sido prenúncio, concluindo: "(...) Torquato coloca uma questão delicada em discussão: alguém tem o direito de se suicidar? (...) É possível discutir isso sem apelar para as categorias religiosas ou morais? (...) o suicídio de Torquato Neto foi, mais do que um acontecimento fruto de sua incrível melancolia, um lance estético (se observarmos a letra da música citada) e político-existencial".
.Weden foi igualmente informado de que "Torquato Neto ou a carne seca é servida" discute a metafísica questão - cumprindo destacar a análise feita por Waly Salomão e a referência, mesmo en passant, ao filósofo Emil Michel Cioran, "rei dos pessimistas", que observou: "Só vivo porque está em meu poder morrer quando me for conveniente". Cioran, aliás, morreu em 1995, aos 84 anos.
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