Leio diariamente o jornal MeioNorte, desta Capital, e sempre deparo com editoriais precisos e bem redigidos. O de hoje, 05, aborda o desempenho do Brasil no comércio exterior em 2008, quando o país alcançou o maior nível de exportações da história (US$ 197 bilhões), resultado, sobretudo, da venda de commodities, e especialmente da "diversificação da pauta e dos destinos das exportações brasileiras, que agora contemplam com maior força mercados emergentes e países de economias menores" - ressalvando, porém, o fato de que no ano de 2008 a balança comercial registrou o menor saldo (US$ 24,7 bilhões) desde 2002 (o que, digo eu, não surpreendeu o governo, face ao estímulo às importações - presente o nível das reservas do país). Passa então o editorial a informar sobre as expectativas do governo para 2009, um olho no dólar, cotação ascendente, outro nos efeitos do tsunami financeiro sobre a economia dos mercados do mundo e a incerteza daí resultante. Muito objetiva a análise procedida pelo jornal.
Nos anos 30, algo como 70% das exportações do Brasil (café quase absoluto) seguiam para os Estados Unidos. Em 2008 esse percentual ficará perto de 16%. Os reflexos da crise financeira sobre os mercados alcançarão o mundo inteiro, mas a intensidade certamente variará de bloco para bloco e de país para país.
Indagação aterradora: quais seriam as perspectivas do Brasil se ele tivesse aderido à ALCA - Acordo de Livre Comércio das Américas, cujo comando supremo seria dos Estados Unidos, e deixado de diversificar, como fez o governo Lula, sua pauta e parceiros?
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