George W. Bush está partindo. Farewell, Bush. Disse que só se arrepende de não haver visitado, em 2005, as vítimas do furacão Katrina (foco em Nova Orleans) e de ter dito, em 2003, que a missão no Iraque estava encerrada, dada a consolidação do domínio americano, o que os dias, meses e anos seguintes se encarregaram de pôr a pique e sapatadas. É um direito dele só se arrepender disso. Mas ele dá mostras de não ser preciso em autocrítica.
Bush soube fazer a guerra contra o Iraque e o Afeganistão. Foi habilidoso na montagem da versão do arsenal nuclear/químico de Sadan Hussein, para azeitar a invasão americana naquela área prenhe de petróleo e canal de escoamento de óleo e gás originários da ásia.
Mas Bush "não soube" ratificar o protocolo de Kyoto, em 2001, alegando que os esforços para redução da emissão de gases-estufa na atmosfera implicariam prejuízos para o complexo industrial americano.
Bush "não soube" ver a importância do estabelecimento de controles rígidos sobre o (livre!) mercado americano, ao impedir - a pedido de Alan Greenspan, do Banco Central americano - que comissão do Congresso, composta por democratas e republicanos, montasse estrutura jurídico-administrativa para pôr termo ao descalabro reinante nos EUA (com repercussões no mundo, é claro) relativamente à negociação de derivativos. (Hoje o mundo sofre as consequências da frouxidão bushiana, mas Bush afirma não ter culpa de nada, pois recebeu o país em crise e o entrega em crise...).
Bush "não soube" impedir a agressão aos direitos humanos em Guantánamo, enclave americano na ilha de Cuba (fora da jurisdição da ciosa e rigorosa Suprema Corte americana).
Mas ontem Bush confessou que vai, após o dia 20, dedicar-se a preparar o café para Laura Bush. Vai, Bush, fazer teu café, se é que sabes! Hasta nunca mais!
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