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Policial Rodoviário Federal Ensina a Improvisar Câmara de Gás Em Viatura
Um vídeo com o trecho de uma aula do curso especializado em
concurso de carreira policial Alfacon, ministrado pelo policial rodoviário Ronaldo Bandeira, ensina aos alunos como improvisar uma câmara de gás em uma viatura. Em nota, o AlfaCon Concursos Públicos diz repudiar todo tipo de violência e informa que o policial não é mais professor desde 2018 (leia abaixo).
concurso de carreira policial Alfacon, ministrado pelo policial rodoviário Ronaldo Bandeira, ensina aos alunos como improvisar uma câmara de gás em uma viatura. Em nota, o AlfaCon Concursos Públicos diz repudiar todo tipo de violência e informa que o policial não é mais professor desde 2018 (leia abaixo).
A gravação viralizou um dia após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu asfixiado por policiais rodoviários na última quarta-feira (25), em Umbaúba-Sergipe, em uma ‘câmara de gás’ improvisada após ter sido abordado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete.(assista ao vídeo ao final da matéria).
Aos risos, o professor e agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Ronaldo Bandeira ensina como torturar um preso com gás lacrimogênio. Como a aula também é transmitida pela internet, Bandeira abafa o microfone, mas é possível ouvir ele descrever uma situação em que o suspeito, já no porta-malas, tentava chutar o vidro para sair da câmara de gás.
“O que o policial faz? Abre um pouquinho, pega o spray de pimenta e taca. Foda-se, é bom pra caralho, a pessoa fica mansinha”, orientou, enquanto ria do episódio para uma plateia que também gargalhava. “Daqui a pouco escuto ‘vou morrer’, ‘vou morrer’. Aí fiquei com pena, vou abrir. Tortura”, completou aos risos.
De acordo com reportagem do site Congresso em Foco, esta não é a primeira vez que um professor da Alfacon ganha repercussão nas redes sociais por ironizar abusos de autoridade. “Em 2018, no preparatório para a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) e para a PRF, a mesma empresa veiculou cursos do instrutor Norberto Florindo, ex-capitão da PMSP que ganhou fama nas redes sociais por ensinar alunos a torturarem e matarem suspeitos”, diz o texto.
O Alfacon Concursos informa que repudia qualquer tipo de violência, seja física ou psicológica, contra civis. A empresa, tanto por meio da plataforma de cursos como pela editora, acredita que a educação é o motor de transformação social e de estabilidade financeira, promovendo, nos seus 13 anos de existência, acesso de estudantes ao conhecimento técnico necessário para concursos públicos das mais variadas naturezas.
Em que pese o fato de o referido professor não fazer mais parte do curso desde 2018, o Alfacon não compactua com as informações, que não condizem com as políticas e os valores da companhia. Esse discurso tampouco está em alinhamento com os treinamentos pelos quais todos os educadores são submetidos ao ingressarem no corpo docente. O Alfacon preza pela formação dos oficiais, valorizando a carreira policial de forma ética, entendendo a importância desses profissionais para a segurança pública. - (Aqui). (O vídeo está disponibilizado no final do texto; confira-o e torça o nariz)
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O que os críticos contrapõem é o fato de o tempo destinado aos direitos da pessoa humana ser inexpressivo, diminuto mesmo. Na verdade, as polícias em geral, ao ministrarem seus cursos (inclusive para ingresso na carreira), desprezam por inteiro tais direitos, como se o Humanismo não passasse de desperdício de tempo e energia.
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