terça-feira, 1 de julho de 2014
COPA 2014: ENTREMENTES, NAS ARQUIBANCADAS...
Duke.
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Observação de nosso crítico-de-notícias: "Manchete correta: Pesquisa diz que brancos e ricos são maioria na torcida do Brasil que ocupa os estádios, o que não causa estranheza diante da postura tradicionalmente mercantilista da FIFA."
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Percival Maricato - aqui - disse:
"A COPA é uma festa nacional e arrasa com toda a torcida e ações contrárias a seu sucesso, pelo menos até quando escrevíamos estes texto.
No entanto, nada mais estranho que ver na TV as imagens das arquibancadas, um público totalmente branquelo, europeizado, muito diferente do que frequenta os jogos comuns entre times brasileiros. Grupos de negros mesmo, só quando jogam as seleções africanas.
Nada pode ser mais representativo da história do país, onde a escravidão foi extinta tardiamente e sem qualquer compensação aos negros, condenando-os a ficar entre a população de menor renda. Nem mesmo algumas escolas específicas, para que recuperassem a dignidade, tivessem acesso ao conhecimento, compensassem o atraso resultante das condições de vida e marginalização. Só em 2014 é que a nação lhes cedeu algumas vagas na universidade e na administração pública.
Sobraram então, para se destacarem, os caminhos da arte (música fundamentalmente) e dos esportes (futebol, principalmente). Por este motivo e somado ao talento inato, o time de futebol do Brasil tem mais da metade de negros ou mulatos, algo um tanto semelhante à composição da população do país e nada a ver com o público da arquibancada.
Se alguém duvida, ainda temos um ou mais jogos da seleção para ver. Os estádios estão tomados pelos brancos, por quem pode comprar ingressos a no mínimo R$ 500 ou tem contatos entre os poderosos da máfia futebolística.
Dessa constatação podemos tirar duas conclusões. A primeira é que as preferências políticas desse público, descontado que em jogos de futebol se vaia até minuto de silêncio, também não representam as da população em geral, como gostam de afirmar (e se enganar) alguns cronistas da mídia tradicional. A segunda é que se fizermos novos eventos do tipo Copa, é justo que se tenha uma cota para a população de baixa renda, especialmente pelo uso que se fez do BNDES e outros recursos públicos."
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