sexta-feira, 18 de julho de 2014

BILL GATES E O BOLSA


Bill Gates elogia o Bolsa Família

O empresário Bill Gates compartilhou no facebook um artigo elogioso ao "Bolsa Família" do professor de Economia da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, Berk Özler, publicado no site "FiveThirdEight Economics", no dia 09 de julho.

Com o título "Lessons From Brazil’s War on Poverty" (Lições da luta do Brasil contra a pobreza), o texto tem como base, principalmente, os estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Banco Mundial. Özler credita a redução da desigualdade no Brasil ao programa.

Ele lembra que, em menos de uma década, o Brasil conseguiu diminuir pela metade a população vivendo em extrema pobreza. Em 2001, o coeficiente de GINI (que mede a desigualdade com índices de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país) era superior a 0,60 e, em 2007, atingiu o menor nível em mais de 30 anos: abaixo de 0,55.

O artigo destaca a necessidade de o beneficiário manter na escola e cuidar da saúde das crianças, o que levará a uma mudança na próxima geração. Özler cita estudo de 2012 feito por Paul Glewwe, da Universidade de Minnesota, e Ana Lucia Kassouf, da Universidade de São Paulo, que mostra que o "Bolsa Família" melhorou o desempenho escolar. Além de apresentar 96% de frequência, as notas de alunos de famílias beneficiadas são superiores à média registrada por estudantes da rede pública de ensino que não recebem benefício. (Fonte: aqui).

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A referência a Bill Gates é válida pelo papel por ele exercido no cenário americano e mundial. Gates, segundo mais rico do mundo (foi desbancado em 2013 pelo mexicano Carlos Slim, que com ele alterna a liderança), há tempos está ligado a iniciativas tendentes à redução das desigualdades nos quatro cantos do Planeta. Gates não é movido pelo 'espírito de Wall Street'. 
A Unicef, melhor dizendo, a ONU aplaude o programa Bolsa, vital para a drástica redução da extrema pobreza no Brasil - convindo destacar, também, a importância da elevação do valor real do salário mínimo na mudança do cenário da 'pobreza um pouco mais abastada'.

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