"Sobre a última pesquisa Datafolha algo me intrigou (o que não é muito difícil por se tratar do Datafolha....).
Tentando ignorar o fato de que simularam um "segundo turno" que a própria pesquisa atesta que não vai ter, peço atenção a este "detalhe" escamoteado nos "1%".
Segundo o instituto da Família Frias os candidatos nanicos têm somados 8% das intenções de voto.
Sabemos que 1% do eleitorado brasileiro corresponde a pouco mais de 1,4 milhão de eleitores
Desta forma o Datafolha nos diz que Zé Maria do PSTU ou Eymael do PSDC, por exemplo, tem cada um, a formidável quantidade de 1,4 milhão de eleitores. Verdadeiros Nanicões!
Somados os nanicos do Datafolha, eles têm mais de 11 milhões de eleitores....
Não é incrível?
Mas incrível mesmo é consultar a última eleição em 2010. Lá podemos conferir que, JUNTOS, os nanicos tiveram 1 milhão e 100 mil eleitores. Na época, 1% do eleitorado. Olhem aqui: http://t.co/qVxjxtUQXJ
Tirando o Plínio (o "Pastor Everaldo" daquela oportunidade), os nanicos, no máximo, conseguiram 90 mil votos (em média, cada um). Por isso que, inclusive, são chamados de "nanicos", não?
Não entendo nadinha de estatísticas, mas tem cerca de 10 milhões de votos aí que o Datafolha diz que são dos nanicos, mas a realidade mostra que não são.
Repito: Datafolha dá 1,4 milhão de votos para cada nanico."
Realidade em 2010 contabilizou cerca de 90 mil votos para cada um deles.
A diferença é muito, muito grande. Bem além dos 2% para cima ou 2% para baixo...."
(De Marco St., post "O Datafolha e o milagre da multiplicação dos votos nos nanicos", publicado no Jornal GGN, aqui
O post acima suscitou, até esta tarde, mais de cinquenta comentários de leitores. Destaco um deles:
"Também achei muito estranho (...) o fato de, num eventual segundo turno, a candidata favorita conseguir ampliar somente mais 8% dos votos, enquanto que o candidato dos tucanos saltaria de 20% para 40% – mais até do que a soma das intenções de votos para todos os candidatos da oposição no primeiro turno (36%). Ou seja, matematicamente, além de conquistar os 16% de todos os demais candidatos da oposição (PSB, PSOL, PSTU, PCO, pastor Everaldo, etc), ele ainda conquistaria mais 4% daqueles que não votariam em nenhum candidato no primeiro turno, quando é mais amplo o leque ideológico. É um mágico! Ele ou o Datafolha?"
Mas, como costumo dizer, cada instituto de pesquisa tem seus números, que são torturados ao arbítrio de seu dono. O que me faz dar certa razão àqueles observadores que simplesmente ignoram as pesquisas que se vão sucedendo.
Enquanto isso, os experts na arte de ganhar dinheiro sorriem diante dos gordos ganhos na Bolsa de Valores...).
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