segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PING PONG BRASIL


PING

O Brasil teve um fraco desempenho em um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que mede o índice de competitividade de 43 países --que representam 90% do PIB mundial--, ficando em 37º lugar no ranking de 2011.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) pela Fiesp, que levou em consideração, para construir o ranking, oito aspectos principais: economia doméstica, abertura, governo, capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano.

Dentre os motivos apontados para a baixa competitividade do Brasil, a Fiesp apontou o elevado custo do capital de giro das empresas, uma vez que o spread bancário ainda é elevado, assim como os juros (o período pesquisado é 2011).

Além da dificuldade em obter crédito, dados os elevados juros, também a pesada carga tributária é considerada como um desestímulo ao investimento, reduzindo a competitividade do país. (Fonte: FSP).

PONG

“Segundo a ‘Global Entrepreneurship Monitor’ (GEM), os brasileiros enxergam cada vez mais oportunidades de negócios. Para cada empresário que inicia um empreendimento por necessidade, outros dois abrem o negócio por vislumbrar uma oportunidade no mercado brasileiro. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o país começou a participar da pesquisa, no ano 2000.

As empresas empreendedoras foram responsáveis pela criação de 50,3% dos novos postos de trabalho formais no Brasil no período de 2008 a 2010 em relação ao patamar de emprego de 2007, segundo dados das ‘Estatísticas do Empreendedorismo 2010’, divulgados pelo ‘Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística’ (IBGE). Em 2010, essas companhias totalizavam 32.863, ou seja, 1,5% de um total de 2,125 milhões de companhias com pelo menos um trabalhador assalariado.

A pesquisa do SEBRAE (‘Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas’) reforça essa ideia de que o brasileiro está investindo nos novos negócios. Segundo os dados divulgados, o Brasil já o 8º país mais empreendedor do mundo, estando à frente, inclusive, dos EUA, que ocupam a 10ª posição. (Fonte: aqui).

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Como se observa, as informações acima são antagônicas: a primeira, da Fiesp, negativa; a segunda, do GEM/Sebrae, positiva. Mas ambas estão defasadas, visto que se referem a anos anteriores a 2012, quando ocorreu acentuada queda da Selic e, em decorrência, dos juros.

Mas o dado importante é o seguinte: como está o emprego? Em outubro de 2012 o Brasil alcançou o menor índice de desemprego dos últimos tempos, algo em torno de 5,3%. Não existe dado mais eloquente do que este. O resto é retórica. Se alguém chegar pro cidadão e ponderar: "Olha, o desemprego está nas alturas, mas o Brasil avançou dez posições no ranking da competitividade! Está indo às mil maravilhas!!", o argumento com certeza não vai colar.

Não à toa, Dilma está de olho no aprimoramento da gestão e, especialmente, na questão do emprego. Com justa razão.

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