quinta-feira, 7 de junho de 2018

DE COMO MESSI NÃO FOI A JERUSALÉM

Vini.

Crianças palestinas pedem a Messi que não jogue contra Israel em Jerusalém

Por Lúcia Rodrigues

Um grupo de 70 crianças palestinas enviou uma carta ao craque da seleção argentina e do Barcelona, Lionel Messi, pedindo para o jogador não participar da partida amistosa com Israel, no próximo dia 9, no estádio Teddy Kollek, localizado ao sul de Jerusalém.
“Esse estádio foi construído sobre nossa aldeia destruída”, diz trecho da carta enviada pelas crianças descendentes de palestinos expulsos por sionistas israelenses do local onde foi erguido o campo de futebol.
Fãs do ídolo argentino, as crianças comentam que apesar de ficarem felizes de saber que Messi estará perto, ficam muito decepcionadas por o jogo ocorrer nesse local. “Nossa felicidade se converteu em lágrimas e cortam nossos corações.” 
"Tem alguma lógica Messi, o herói, jogar em um estádio construído sobre os túmulos de nossos antepassados?”, questiona o texto.
O presidente da Associação de Futebol Palestino, Yibril Rayub, advertiu a Argentina que Israel poderá se aproveitar politicamente desse amistoso e pediu que as autoridades cancelem a partida.
"Não é uma partida de paz. É uma partida política que busca limpar a barra da ocupação fascista e racista. Esta partida está em contradição com as resoluções da ONU e com as normativas da Fifa”, diz trecho do documento enviado por ele à AFA (Associação do Futebol da Argentina).
Esse é o último jogo dos argentinos antes da Copa do Mundo da Rússia, que começa no próximo dia 14.
O BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que luta pelo fim da ocupação israelense e o direito de retorno, lançou uma campanha exigindo que a Argentina não participe da partida #ArgentinaNãoVá #NãoÉAmistoso.
Com informações da HispanTV.  
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(Fonte: IBRASPAL - Instituto Brasil Palestina - AQUI).

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Ao que Messi respondeu: “Como embaixador da UNICEF, não posso jogar contra pessoas que matam crianças palestinas inocentes. Tivemos que cancelar o jogo porque somos humanos ”.

(Há que se reconhecer, de fato, uma clara intenção política por parte do governo israelense: Os organizadores elegeram Jerusalém, Tel Aviv, Haifa e até Barcelona para local do amistoso; decidiram-se por Jerusalém, foco de recentes (e milenares) conflitos e agora sede da embaixada dos EUA e Paraguai. A grita contra o amistoso não se limitou ao grupo de crianças, foi ampla e geral, conforme se vê AQUI. Após 'cortada' a partida em Jerusalém, na terça-feira, como que caíram em si, apelando para que o jogo acontecesse em Haifa...). 

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